Terremoto atinge centro da Itália e causa danos e mortos
Um forte terremoto foi registrado na madrugada desta quarta-feira (24) no centro da Itália, provocando danos severos em algumas regiões e vários mortos.
O tremor provocou pelo menos 159 mortes, segundo o departamento de Proteção Civil. Há mais de 360 feridos.
Muitas pessoas ainda estão debaixo de escombros, e o balanço de vítimas deve se agravar nas próximas horas.
Segundo o Itamaraty, não há brasileiros entre as vítimas. Leia a nota na íntegra divulgada nesta quarta-feira às 8h25:
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com pesar, do forte terremoto que atingiu a região central da Itália na madrugada desta quarta-feira, causando dezenas de vítimas fatais e significativa destruição material, principalmente na cidade de Amatrice. A Embaixada e o Consulado-Geral em Roma estão monitorando a situação. Até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas. O governo brasileiro expressa sua solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao governo da Itália."
O terremoto atingiu cidades e vilarejos montanhosos do centro do país, o que torna as operações de resgate ainda mais difíceis, disse a porta-voz do departamento Immacolata Postiglione.
Em sua audiência geral desta quarta (24), o papa Francisco exprimiu sua "grande dor" pelo terremoto que "devastou zonas inteiras e deixou mortos e feridos" no país.
O serviço geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) informou que o tremor teve magnitude 6,2, e segundo a rede de televisão "Rainews 24", o epicentro foi situado entre as cidades de Perugia e Rieti, a pouco mais de 150 km a nordeste de Roma.
A profundidade do terremoto, ocorrido precisamente às 3h36 (22h36 de Brasília), foi de apenas 10 km, o que representa um alto potencial de causar grandes danos e vítimas, segundo o USGS.
O serviço geológico já registrou algumas réplicas, uma delas de magnitude 5,5, e informou que os tremores devem continuar por pelo menos mais alguns dias.
Destruição e mortes
Nas províncias de Ascoli Piceno, Fermo e Macerata, na região de Marche, e em Nórcia, na região de Úmbria, o tremor causou colapsos em edifícios e há pessoas feridas que foram socorridas pelo serviço de emergência.
Em Amatrice, o prefeito da cidade, Sergio Pirozzi, afirmou à rádio estatal que o terremoto destruiu metade da cidade. "A metade da cidade já não existe, há gente sob escombros", disse
O prefeito confirmou que houve desabamentos graves em vários edifícios e pontes que complicam o acesso ao local por parte das equipes de resgate, que tentam ajudar as pessoas que estão "sob os escombros".
O coordenador da Cruz Vermelha em Amatrice, Giussepe Pignoli, confirmou que na entrada da cidade há uma ponte que desabou, complicando o acesso ao local.
Além disso, a Defesa Civil confirmou deslizamentos de terras em outras três províncias da região de Marche: Ascoli Piceno, Fermo e Macerata.
Segundo o governo, o chefe do departamento de Proteção Civil, Fabrizio Curcio, já formou um comitê para lidar com a emergência.
Os serviços de Defesa Civil e o Exército italiano foram mobilizados e já escavam entre os escombros das localidades afetadas para resgatar pessoas que estão presas.
Em 2009, um tremor de magnitude 6,3 abalou o centro da Itália e deixou mais de 300 mortos na região de Aquila.
Papa expressa "grande dor"
Em sua audiência geral desta quarta-feira (24), o papa Francisco exprimiu sua "grande dor" pelo terremoto que "devastou zonas inteiras e deixou mortos e feridos" na região central da Itália. O pontífice disse ter ficado "fortemente comovido" ao saber que a cidade de Amatrice foi destruída e que há crianças entre os mortos.
"Exprimo minha proximidade às pessoas presentes em todos os lugares atingidos pelo temor, a todas as pessoas que perderam entes queridos e àquelas que ainda se sentem afetadas pelo medo", acrescentou.
O papa Francisco cancelou um discurso que faria nesta quarta-feira e decidiu rezar com a multidão pelas vítimas e os sobreviventes do terremoto que atingiu a Itália.
Danos grandes
De acordo com o USGS, há grande possibilidade de haver um significativo número de mortos e perda econômica.
"No geral, a população dessa região mora em estruturas onde há uma mistura de construções vulneráveis e resistentes a terremotos. Baseado na estimativa que temos, nós podemos ver perdas significativas", disse Rafael Abreu, geofísico da instituição, à rede "CNN". (Com agências internacionais)
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