Após ameaça, Trump coloca em dúvida ataque à Síria: 'pode acontecer em breve ou não'
Um dia depois de citar a Rússia e ameaçar o uso de mísseis contra a Síria, em retaliação a um suposto ataque químico conduzido pelo regime de Bashar al-Assad, Donald Trump disse nesta quinta-feira (12), no Twitter, que uma resposta norte-americana "pode acontecer em breve, ou não tão breve assim"
"Eu nunca disse quando aconteceria um ataque na Síria. Pode ser em breve, ou não tão breve assim! De qualquer forma, os Estados Unidos, sob a minha administração, têm feito um grande trabalho em livrar a região do Estado Islâmico. Cadê o nosso 'Obrigado, América'?", escreveu Trump.
No dia anterior, também no Twitter, Trump levantou a possibilidade de ataque iminente ao regime sírio. "A Rússia promete derrubar todos os mísseis disparados contra a Síria. Prepare-se, Rússia, porque eles chegarão, lindos, novos e 'inteligentes'!", disparou o presidente na manhã de quarta. A Rússia respondeu dizendo que não praticava "diplomacia via Twitter".
Horas depois, a Casa Branca adotou um discurso mais cauteloso, ao dizer que "todas as opções estavam na mesa" na questão da resposta ao regime sírio. "Ainda estão conversando com nossos aliados e nenhuma hipótese está descartada", disse a porta-voz Sarah Sanders, afirmando que ainda não havia nenhuma decisão sobre qual ação seria tomada.
Estados Unidos e outros países acusam a o governo sírio, apoiado pela Rússia, de conduzir o ataque, que deixou centenas de mortos e feridos. Tanto Damasco quanto Moscou negam serem responsáveis.
O Conselho de Segurança da ONU se reuniu nesta terça (10) para debater a questão, mas resoluções propostas pelos EUA e pela Rússia foram vetadas um pelo outro. Nesta quarta a Bolívia pediu que o conselho volte a se reunir na quinta para debater tano a "a escalada retórica sobre a Síria e as ameaças de ação militar unilaterais".
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