Planalto: Bolsonaro foi à CIA para "cortesia" e por acordos de inteligência
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi recebido pela diretora da CIA (Agência de Inteligência Americana) durante uma "visita de cortesia", segundo o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros. A visita aconteceu pela manhã e só foi esclarecida pelo representante do Planalto no início da noite de hoje.
A visita, que estava fora da agenda oficial de compromissos de Bolsonaro divulgada à imprensa, aconteceu no mesmo dia em que o Brasil assinou um acordo que permite que os Estados Unidos lancem satélites a partir da Base de Alcântara, no Maranhão. A medida ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.
De acordo com o porta-voz, durante a reunião, Bolsonaro discutiu sobre crime organizado, crimes transacionais e eventualmente sobre possíveis acordos de "integração da atividade de inteligência no âmbito da América".
Rêgo Barros também aproveitou para elogiar o presidente Donald Trump pela "fidalguia" com que recebeu a comitiva brasileira e destacar a reunião de amanhã entre os dois presidentes.
"Será um encontro histórico para os países", disse o porta-voz.
Nesta noite, Bolsonaro fez um discurso de cerca de 10 minutos durante palestra a investidores e empresários dos Estados Unidos em Washingon. O presidente se mostrou bastante à vontade, sem ler nenhum roteiro, e afirmou que o povo americano sempre foi inspiração para ele em momento de tomada de decisões importantes. Foi a primeira fala em público desde que ele chegou ontem ao país.
Bolsonaro elogiou o governo norte-americano, mostrou-se um admirador do ex-presidente Ronald Reagan e traçou um paralelo entre os povos do Brasil e dos Estados Unidos, que ele disse terem em comum os valores conservadores e o temor a Deus. "Estamos prontos para ouvi-los de modo que as políticas adotadas por nós tragam paz ao Brasil e aos Estados Unidos", disse.
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