Ordem de prisão é "injusta, ilegal e inconstitucional", rebate Evo Morales
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, reagiu à ordem de prisão expedida hoje pelo Ministério Público de seu país. No Twitter, Morales classificou ação como "injusta, ilegal e inconstitucional" e prometeu seguir na luta por uma Bolívia "livre e soberana".
"Catorze anos após nossa revolução [ele foi eleito pela primeira vez em 2006], o 'melhor presente' que recebo do governo é uma ordem de prisão injusta, ilegal e inconstitucional. Isso não me assusta, enquanto estiver vivo seguirei com mais força na luta política e ideológica por uma Bolívia libre e soberana", escreveu.
Mais cedo, o Ministério Público boliviano emitiu um mandado de prisão contra o ex-presidente por sedição (perturbação da ordem pública), terrorismo e financiamento ao terrorismo, segundo informou o jornal local La Razón.
O caso é baseado em um vídeo revelado pelo governo em que, em uma conversa com o líder cocaleiro Faustino Yucra Yarwi atribuída ao ex-presidente, Morales planeja bloqueios em vias de transporte para deixar as cidades sem comida. O ex-presidente alega que se trata de uma montagem.
A queixa contra Morales foi apresentada ao MP pelo governo autoproclamado da ex-senadora Jeanine Áñez, que acusou o ex-presidente de incitar a violência a partir de seu asilo no México.
Evo Morales está na Argentina desde a semana passada. Ele havia deixado a Bolívia em 11 de novembro, um dia depois de renunciar à presidência, pressionado pelas Forças Armadas e em meio a acusações de ter fraudado a apuração das eleições de 20 de outubro.
*Com AFP, EFE e Reuters
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