Donald Trump diz que "vidas foram salvas" ao matar Qassim Suleimani
O presidente americano Donald Trump disse, na tarde de hoje, que "vidas foram salvas" ao justificar ataque que matou o general iraniano Qassim Suleimani, durante fala a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, em Washington (EUA).
Sem fornecer detalhes, Trump voltou a chamar Suleimani de "terrorista" e afirmou que ele estava planejando um "grande ataque" contra os Estados Unidos.
Questionado sobre sua ameaça de atingir locais culturais no Irã, o presidente Trump disse a repórteres que "gosta de seguir às leis", mas que haverá repercussões para o Irã se atacarem os EUA.
Trump afirmou que os Estados Unidos estão preparados para um possível ataque do Irã. "Estamos totalmente preparados. E da mesma forma atacaremos se tivermos que retribuir."
O presidente também negou conhecimento da carta que cita sugerindo incorretamente a retirada de tropas dos Estados Unidos no Iraque. Ele definiu a carta como "erro".
O ataque coordenado pelos americanos contra um aeroporto em Bagdá, no Iraque, matou na última quinta-feira Qassim Suleimani, o chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã, considerado um dos homens mais importantes do país. Além dele, ao menos outras sete pessoas também morreram.
A ação foi o resultado de um longo e complexo processo de apuração de dados de inteligência coletados por agentes de campo, informantes secretos, interceptação eletrônica de mensagens, rastreamento por meio de aeronaves de reconhecimento e "outros meios de caráter reservado", de acordo com o Pentágono.
Os Estados Unidos utilizaram o drone MQ-9 Reaper, tido como o principal e mais letal veículo aéreo não tripulado de ataque ofensivo da Força Aérea americana.
O general Suleimani, de 62 anos, era visto como um herói no Irã e exercia um papel-chave nas negociações políticas para formar um governo no Iraque. Foi um dos principais personagens do combate às forças jihadistas na região, tinha uma atuação fundamental no reforço da influência diplomática de Teerã no Oriente Médio, especialmente no Iraque e na Síria.
Após se manter discreto durante décadas, Suleimani começou a aparecer nas manchetes dos jornais depois do início da guerra na Síria, em 2011, onde o Irã apoia o regime do presidente Bashar al Assad.
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