Filha de mexicana deportada dos EUA escreve a Trump: 'Ela não é criminosa'
Estela Juarez, uma menina de 11 anos que viu a mãe ser deportada dos Estados Unidos para o México há dois anos, durante o governo Trump, leu durante a Convenção Nacional Democrata uma carta que escreveu ao presidente norte-americano.
No texto, a menina conta que seu pai, um cidadão norte-americano que serviu à marinha do país, votou em Trump em 2016 pensando que sua família seria protegida, mas que não apoiará sua reeleição depois que a família foi separada.
"Minha mãe é minha melhor amiga. Ela veio para os Estados Unidos adolescente, há mais de 20 anos, sem documentos, em busca de uma vida melhor", leu a criança. "Ele disse que não votará em você depois do que fez à nossa família. Em vez de nos proteger, você destruiu nosso mundo. Minha mãe é uma boa pessoa e não é uma criminosa. Agora, ela foi tirada de nós sem nenhum motivo".
A mãe, Alejandra, chegou aos EUA em 1998, aos 18 anos, e em 2000 se casou com Cuauhtemoc Juarez, na Flórida.
De acordo com o BuzzFeed News, ela entrou no radar das autoridades de imigração em 2013, depois de ser parada no trânsito, mas durante o governo de Barack Obama foi classificada como um "caso de deportação de baixa prioridade". A partir de então, ela precisava entrar em contato com a agência migratória a cada 6 meses e não poderia ter ficha criminal.
Em 2017, no entanto, ela foi informada que todos os imigrantes sem documentação estavam, então, classificados para deportação imediata.
Alejandra partiu para o México em agosto de 2018. Seu caso atraiu a atenção principalmente porque seu marido, Cuauhtemoc, era um veterano que serviu no Iraque e votou em Trump.
"A cada dia que passa, você deporta mais mães e pais e os afasta de crianças como eu. Senhor presidente, minha mãe é esposa de um orgulhoso fuzileiro naval norte-americano e mãe de duas filhas norte-americanas", disse Estela Juarez na Convenção Democrata, ontem. "Somos famílias norte-americanas e precisamos de um presidente que reúna as pessoas, não as separe."
Quando Alejandra foi deportada, Estela, então com 9 anos, foi viver com a mãe no México, mas, em junho, ao visitar o pai e a irmã, decidiu que gostaria de voltar a morar com eles na Flórida.
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