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Influencer chinesa morre após ser incendiada por ex em transmissão ao vivo

Influenciadora chinesa que foi incendiada pelo ex durante live  - Reprodução/Douyin
Influenciadora chinesa que foi incendiada pelo ex durante live Imagem: Reprodução/Douyin

Colaboração para UOL, em São Paulo

02/10/2020 10h19

Na última quarta-feira (30), duas semanas após ser incendiada ao vivo pelo ex-marido, morreu a influencer digital chinesa Lamu, de 30 anos. O ex jogou gasolina e ateou fogo no corpo dela durante uma live que a moça realizava na versão chinesa do TikTok.

O crime ocorreu depois que o suspeito demonstrou não ter aceitado bem o divórcio entre ele e Lamu, segundo a polícia de Aba, na província de Sichuan, na China. No último dia 14 de setembro, o ex-marido então invadiu a residência da influenciadora, onde incendiou a ex-mulher.

Espectadores da live que Lamu realizava descreveram que no momento do ataque a tela da transmissão ao vivo ficou preta. Foi possível escutar sons de gritos. A vítima foi levada ao hospital, mas não resistiu às queimaduras, que causaram danos em 90% do seu corpo, de acordo com a BBC. Ela deixa dois filhos pequenos, que teve com o ex.

A influenciadora tinha 782 mil seguidores em seu perfil no Douyin (versão chinesa do TikTok). Suas publicações, ao todo, alcançaram 6,3 milhões de curtidas e incluíam vloggs, que retratavam sua rotina, além de posts de dublagens. Sua última postagem foi ela cantando uma música tradicional tibetana, no mesmo dia em que foi mais tarde assassinada.

De acordo com o Beijing Youth Daily, o ex-marido, identificado por meio do sobrenome Tang, já teria um histórico de violência doméstica. O cunhado da vítima, conhecido por Sr. Luo, relatou à publicação ter ouvido a esposa "mencionar que sua irmã costumava apanhar de Tang".

O suspeito também teria ameaçado matar um dos filhos de Lamu, caso ela não se casasse novamente com ele. Ela o fez, mas acabou fugindo dele e se separando mais uma vez, no início deste ano, em maio. Tang foi detido em 14 de setembro sob suspeita de "homicídio doloso".