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Com Biden favorito, Nevada e Geórgia podem definir eleições ainda hoje

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

05/11/2020 08h10Atualizada em 05/11/2020 13h07

As eleições presidenciais nos Estados Unidos podem ser decididas ainda hoje em favor do candidato democrata Joe Biden graças a dois estados que estão perto de definir suas contagens de votos: Nevada e Geórgia.

Embora ainda falte apurar os votos de cinco estados (ou seis, dependendo de quem faz a apuração), Biden pode se sagrar o novo presidente dos Estados Unidos se vencer em Nevada, com seis votos no Colégio Eleitoral, número suficiente para que o democrata atinja os 270 delegados necessários para se tornar o 46º presidente americano.

Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as projeções da imprensa são relevantes na divulgação da conquista dos delegados.

Todos os veículos indicam que cinco estados ainda estão em aberto:

  • Pensilvânia (20 delegados)
  • Geórgia (16)
  • Carolina do Norte (15)
  • Nevada (6)
  • Alasca (3)

Há dúvida sobre o Arizona, com 11 delegados (leia abaixo).

Até as 8h de hoje, Biden liderava com 253 votos, sem considerar o Arizona. Já o presidente Donald Trump contava 214 delegados.

A expectativa é de que Nevada divulgue sua apuração por volta das 13h (horário de Brasília). Biden liderava no estado por 0,6% na tarde de hoje.

Confirmando a vitória no Arizona e Nevada, Biden seria eleito independentemente do resultado nos demais estados.

Na Geórgia, com 16 delegados, Trump lidera com 0,4 ponto percentual. Ele também está vencendo na Carolina do Norte e na Pensilvânia, embora a diferença de 2,1 pontos percentuais em relação a Biden já tenha sido de 14 pontos. O republicano ainda é favorito para vencer no Alasca.

Para ser reeleito, o republicano precisa confirmar a vitória nesses quatros estados onde lidera, além de virar em Nevada.

Biden é favorito no Arizona

O democrata também é favorito no Arizona, onde 11 delegados têm direito a voto. O favoritismo no estado é tamanho que a Associated Press e Fox News declararam vitória de Biden no colégio eleitoral.

O jornal "The New York Times" e a CNN, no entanto, afirmam que a virada de Trump no Arizona ainda é possível.

Em entrevista coletiva, Biden disse que ainda não estava declarando vitória, mas que acreditava vencer assim que a contagem chegasse ao fim.

"É a vontade do povo que estabelece quem será o presidente dos Estados Unidos e agora, depois de uma longa vantagem, está claro que já ganhamos em estados o suficiente para ganhar 270 delegados", afirmou.

Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, a imprensa faz projeções estatísticas e aponta os vencedores em cada estado.

Trump pedirá recontagem dos votos

A campanha de Trump anunciou ontem que pedirá recontagem de votos nos estados de Wisconsin e Michigan e que entrará com ação judicial contra o processo eleitoral no estado da Pensilvânia, com o objetivo de suspender a contagem de votos.

Em Wisconsin, a vitória de Joe Biden foi confirmada pelas agências AP e AFP, o jornal "New York Times" e a rede de TV americana CNN, na tarde de hoje — com 99% das urnas apuradas, o democrata aparece com 49,6% dos votos contra 48,9% de Trump. Como a diferença entre Biden e Trump é menor que um ponto percentual, o presidente pode pedir uma recontagem de votos.