O caso do homem que pode ser condenado após matar pedófilo e salvar menino
Vladimir Sankin, de 34 anos, matou um pedófilo após salvar um garoto das mãos dele, em fevereiro de 2020, e pode pegar 15 anos se condenado pelo ato na Rússia. Em um vídeo gravado antes do julgamento, o mecânico russo agradeceu o apoio que tem recebido — uma petição online contra a prisão dele foi assinada por 70 mil pessoas — e afirma que "todo homem faria o mesmo" na situação.
O ataque ao pedófilo aconteceu quando Vladmir ouviu os gritos de um garoto de 10 anos. Ele pedia ajuda para um amigo, que havia sido trancado no apartamento de Vladmir Zaitsev, criminoso com histórico de abuso de menores, incluindo o próprio filho.
O réu por assassinato diz ter corrido para o apartamento, onde ouviu o menino chorando no lado de dentro. Vladmir, então, forçou a entrada no local e libertou um adolescente de 14 anos da casa do pedófilo.
Após ser salvo pelo mecânico, o menino relatou ter sido ameaçado de morte pelo estuprador caso não se despisse.
Com o garoto já salvo, Vladmir puxou o pedófilo para fora da casa e o espancou com um pedaço de madeira. A polícia até chegou ao local, mas já era tarde. Zaitsev não resistiu aos ferimentos na cabeça e morreu.
Acusado pela morte do pedófilo, Vladmir admite que "não esperava que ele morresse". Ele ainda insiste no heroísmo do ato: "Eu salvei duas crianças"', afirma o mecânico, que estava em prisão domiciliar desde o incidente, mas agora enfrenta uma tentativa de colocá-lo em regime fechado, por até 15 anos.
A mulher de Vladmir, Polina Naumova, declarou seu apoio ao marido em entrevista ao The MIrror: "Estou totalmente do lado dele por não ter abandonado [os meninos], porque ninguém sabe o que teria acontecido se ele fizesse vista grossa".
Além do apoio vindo de dentro de casa, Vladmir tem uma comoção social como aliada, visto que mais de 70 mil pessoas assinaram uma petição online, contrária a prisão dele.
Foi em um vídeo de agradecimento a todas essas pessoas que o mecânico mostrou não estar arrependido quanto ao ato. Após afirmar que não poderia lidar de outra forma com a situação, Vladmir disparou: "Certamente todo homem faria o mesmo em meu lugar."
Alguns dos apoiadores não só são contra a prisão de Vladmir como também pedem que ele seja premiado por bravura. Zaitsev já havia cumprido 17 anos de prisão por condenações anteriores de abuso infantil e "atos sexuais violentos".
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