Geórgia anuncia recontagem manual de votos
A Geórgia vai realizar uma recontagem manual e estadual de votos das eleições americanas. A informação foi dada hoje pelo secretário Brad Raffensperger em entrevista coletiva.
"Com a margem tão estreita, será necessária uma recontagem manual completa em cada condado", confirmou o republicado.
Na Geórgia, o presidente eleito Joe Biden mantém uma pequena vantagem em relação à Trump. Segundo o secretário, a diferença é de apenas 14.111 votos. Ainda segundo ele, o estado trabalhará com autoridades do condado para concluir a recontagem dentro do prazo de 20 de novembro.
O secretário também afirmou que irá supervisionar pessoalmente a recontagem de votos. A Geórgia tem 159 condados e sua legislação prevê que, caso a diferença entre os candidatos seja menor do que 0,5 ponto percentual, é possível pedir a recontagem.
"Isso ajudará a aumentar a confiança. Será um trabalho pesado, mas trabalharemos com os condados para fazer isso a tempo de nossa certificação estadual", declarou Raffensperger.
A entrevista coletiva cedida pelo secretário estadual acontece após o recebimento de uma carta, assinada pela campanha de Trump e do partido republicano da Geórgia, solicitando uma recontagem manual de todas as cédulas recebidas no estado.
Na carta, os republicanos alegam discrepâncias na votação e erros em toda a Geórgia, embora não tenham apresentado provas de tais irregularidades. As informações são da CBS News.
Questionado pela imprensa, Raffensperger negou que a recontagem anunciada hoje é uma resposta à campanha de Trump. "É o que faz mais sentido dada a importância dessa corrida eleitoral e a proximidade da certificação estadual".
Acusações de fraude eleitoral
Sem apresentar provas, Trump afirma que o envio de votos pelo correio é corrupto e "destruiu o sistema" eleitoral dos Estados Unidos.
Desde o início da apuração dos votos, a campanha de Donald Trump vem apontando para uma suposta fraude envolvendo cédulas enviadas pelo correio.
Fontes internas da Casa Branca disseram à rede americana CNN que a esposa de Trump, Melania, e outros membros da família tentam convencer o presidente a reconhecer a derrota.
Trump ainda não felicitou Biden pela vitória eleitoral. O ato quebra uma tradição de 124 anos no país, em que o candidato derrotado não só reconhece como faz algum contato para parabenizar seu oponente pela vitória.
Além disso, Trump ainda não autorizou que a equipe de transição de Biden inicie o processo de mudança de poder.
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