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Biden conquista 306 votos e tem vitória confirmada pelo Colégio Eleitoral

Do UOL, em São Paulo

14/12/2020 19h29Atualizada em 15/12/2020 09h17

Os integrantes do Colégio Eleitoral confirmaram hoje a apuração dos votos na eleição dos Estados Unidos, com o democrata Joe Biden e a vice Kamala Harris eleitos. A decisão de hoje é mais uma derrota na tentativa do presidente Donald Trump de reverter o resultado das urnas.

Pela apuração final, Biden teve 306 votos no Colégio Eleitoral e Trump, 232. Em número de votos, ao todo, foram 81,3 milhões para o democrata e 74,3 milhões para o republicano.

A vitória de Biden foi confirmada após apuração na Califórnia, que representa 55 votos no Colégio Eleitoral. Conquistando o estado, o democrata saltou de 247 para 302, 32 votos acima do mínimo necessário para ser eleito (270). O último a divulgar seus votos foi o Havaí, onde Biden também venceu.

Os resultados já foram certificados pelos 50 estados norte-americanos e pelo Distrito de Columbia, onde está localizada a capital Washington. A cerimônia de hoje era um procedimento formal para confirmar o resultado das eleições de novembro.

A corrida eleitoral foi acirrada e a apuração começou dramática para Biden, que perdeu na Flórida, estado de peso na votação, e começou atrás na Geórgia e na Carolina do Norte. Mas a virada no estado da Pensilvânia ajudou a garantir a vitória do democrata.

Logo após a divulgação dos resultados no Havaí, Biden fez um pronunciamento em Delaware, seu reduto político, para celebrar o passo final que consagra sua vitória.

Mais uma vez, nos Estados Unido, prevaleceram o Estado de Direito, nossa Constituição, a vontade do povo. (...) Nossa democracia foi pressionada, testada, ameaçada, mas se provou resiliente, verdadeira e forte. (...) A chama da democracia foi acesa nesta nação há muito tempo. E agora sabemos que nada — nem uma pandemia ou um abuso de poder — pode apagar essa chama. Joe Biden, presidente eleito dos EUA

Acusações infundadas de fraude

Desde antes de 7 de novembro, quando Biden foi declarado vitorioso, Trump alega, sem apresentar provas, que houve fraudes no processo eleitoral. A campanha de Trump, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção.

Na semana passada, a Suprema Corte se recusou a julgar um pedido republicano de recontagem. O processo foi movido pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, que buscava anular os resultados nos estados da Pensilvânia, Geórgia, Michigan e Wisconsin, todos vencidos pelo democrata.

Ontem, Trump perdeu sua última apelação eleitoral na Geórgia. Muitos republicanos, no entanto, foram contra a atitude de Trump e criticaram o presidente por não aceitar a derrota.

Não se espera que o presidente se recuse a deixar a Casa Branca, mas é provável que ele evite se juntar a Biden em sua posse, marcada para 20 de janeiro. No fim de semana, ao ser questionado pela Fox News se compareceria ao evento, como exige o protocolo e séculos de tradição, Trump se limitou a responder: "Não quero falar sobre isto".

Alguns aliados de Trump especularam sobre a possibilidade de contestar o resultado no dia 6 de janeiro, quando o Congresso validará formalmente a votação do Colégio Eleitoral.

Embora as possibilidades de sucesso da iniciativa sejam praticamente nulas, esta seria mais um exemplo do cenário de profunda divisão em que Biden iniciará sua presidência.

(Com AFP)

Errata: este conteúdo foi atualizado
O texto informava incorretamente que a Filadélfia é um estado. Na verdade, é uma cidade. Também dizia que Trump venceria no Havaí, mas foi Biden que venceu. As informações foram corrigidas.