Policiais de folga são investigados por invasão ao Capitólio, diz jornal
Ao menos 13 policiais são suspeitos de terem participado na invasão ao prédio do Capitólio, no último dia 6, quando estavam de folga. Esse número ainda pode crescer à medida que investigadores continuam a analisar imagens e vídeos para identificar mais participantes, segundo publicado hoje pelo jornal The Washington Post.
Por iniciativa própria, chefes de polícia em todo o país estão recorrendo ao FBI (Federal Bureau of Investigation, a Polícia Federal americana) e fazendo alertas aos oficiais de seus departamentos, reforçando que a invasão ao Capitólio foi um ato criminoso que pode levá-los a expulsão da polícia e até à cadeia.
"Nós estamos deixando claro que eles têm direitos garantidos pela Primeira Emenda, como todos os americanos", disse ao jornal Art Acevedo, chefe da Polícia de Houston, no Texas. "Mas o envolvimento em atividades criminosas não será tolerado."
A Primeira Emenda da Constituição dos EUA, citada por Acevedo, impede o Congresso americano de estabelecer uma religião oficial — ou dar preferência a uma em detrimento de outra —, proibir o livre exercício da religião e limitar a liberdade de expressão, de imprensa, o direito de livre associação pacífica e de fazer petições ao governo.
Além das fotos e dos vídeos em que esses policiais de folga apareceram, ainda de acordo com o The Washington Post, os investigadores estão recebendo informações de outros policiais que não concordam com a conduta daqueles que participaram da invasão.
É o caso do oficial Thomas Robertson, 47, preso pelo FBI na última quarta-feira (13) após ser denunciado por um colega de departamento. Logo que seu envolvimento na invasão veio à tona, ele escreveu em uma rede social: "Passei a maior parte da minha vida lutando contra uma insurgência. Estou prestes a me tornar parte de uma, e uma muito efetiva."
Casos conhecidos
Os departamentos de polícia da Virgínia e de Washington (DC) decidiram colocar policiais de licença enquanto autoridades investigam se eles participaram da invasão ao Capitólio enquanto estavam de folga. Além disso, bombeiros da Flórida e da cidade de Nova York relataram ao FBI que alguns de seus membros também podem ter participado da invasão.
"A cidade de Rocky Mount [na Virgínia] apoia totalmente todas as expressões legais de liberdade de expressão e reunião de seus funcionários, mas não tolera os atos ilegais que ocorreram naquele dia", disse o departamento em comunicado divulgado no último domingo (10), acrescentando que já notificou as autoridades federais.
Cinco pessoas morreram, incluindo um policial do Capitólio, quando apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o Capitólio em uma tentativa de interromper o oficialização da derrota do republicano para o democrata Joe Biden.
Dezenas de pessoas foram acusadas criminalmente, e o FBI vem buscando ajuda da população para identificar mais participantes.
(Com Reuters)
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