Incêndio em hospital deixa mais de 80 mortos e feridos em Bagdá

Um incêndio na noite de ontem, em um hospital na capital do Iraque, Bagdá, deixou pelo menos 82 mortos e outras 110 pessoas feridas. O fogo no hospital Ibn al-Khatib começou depois da explosão de tanques de oxigênio.

Segundo reportagem da Reuters, o porta-voz do Ministério do Interior do país disse hoje que a unidade estava equipada para tratar pacientes contra a covid-19. Os pacientes que estavam internados no local, foram transferidos para outros hospitais.

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O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi, declarou luto e lamentou as vidas perdidas no incêndio. Ele afirmou que o Estado se compromete a conceder todos os direitos às famílias das vítimas, assim como tratar dos feridos "em todos os níveis dentro e fora do Iraque".

Para Mustafa al-Kadhimi, o incêndio foi um acontecimento doloroso que demonstra negligência, e é "um crime" pelo qual os envolvidos devem ser responsabilizados. As declarações foram postadas no perfil do primeiro-ministro no Twitter.

Como resposta ao ocorrido, determinou uma investigação imediata das causas do acidente. "E ordenou que o diretor do hospital, o diretor de segurança e os responsáveis pela manutenção do equipamento no hospital fossem trazidos imediatamente para investigá-los no contexto do acidente", diz um comunicado publicado no perfil da assessoria de imprensa do primeiro-ministro no Twitter.

Mustafa al-Kadhimi disse, ainda, que deve haver uma auditoria das medidas de prevenção e segurança em todos os hospitais no Iraque. Além disso, deve ser montada uma equipe técnica que inclua todos os ministérios relevantes para garantir as mesmas medidas em 'hospitais, hotéis e locais públicos dentro de uma semana".

O médico Ali Akram al-Bayati, que é membro do Alto Comissariado Independente para os Direitos Humanos do Iraque disse em uma postagem nas redes socias que 28 vítimas estavam sendo tratadas em enfermarias de cuidados pulmonares.

Em um comunicado, a Comissão de Direitos Humanos diz que o incêndio se trata de "um crime contra os pacientes que foram obrigados a recorrer ao hospital em consequência da gravidade da doença causada pela covid-19" e que confiaram suas vidas à eles. A declaração pede, ainda, que o primeiro-ministro demita o ministro da Saúde e seus vice-ministros.