Emmanuel Macron recebe bofetada em público; assista ao vídeo
Um vídeo que circula pela internet registrou o momento exato em que o presidente da França, Emmanuel Macron, foi agredido com um tapa no rosto por um homem que acompanhava hoje a visita do líder de estado ao departamento de Drôme, localizado no sudeste do país. De acordo com a polícia, duas pessoas foram detidas no município de Tain-l'Hermitage e prestam depoimentos.
A agressão ocorreu momentos após Macron se aproximar de um grupo de pessoas que estavam atrás de barreiras de segurança. A intenção do presidente era cumprimentar as pessoas. Um homem o segura pelo antebraço e estapeia o rosto do presidente francês, com a mão direita.
Na sequência, Macron é afastado por seus seguranças da região onde as pessoas se aglomeravam. Durante a agressão, uma pessoa pronunciou um grito de guerra dos antigos reis da França ("Montjoie Saint-Denis"), seguido da frase "abaixo o governo Macron".
"Tentativa de tapa"
O Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, confirmou à agência RFI a veracidade do vídeo que mostra a agressão ao presidente. Apesar das imagens mostrarem claramente a agressão, a gestão francesa classificou o ocorrido como uma "tentativa de tapa".
Após o incidente, Macron seguiu a visita ao local seguindo a agenda do dia, segundo a nota oficial do Palácio do Eliseu.
Informações da prefeitura de Tain-L apontam que a polícia local interroga os suspeitos do ato contra Macron. No momento, o chefe do Executivo nacional francês tem realizado visitas em várias regiões do país como um programa de pré-campanha eleitoral para concorrer às eleições presidenciais de 2022.
Combate às agressões
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, fez um pronunciamento sobre a agressão contra Macron. Em discurso na Assembleia Francesa, Castex denunciou o fato e alegou que a política não pode, sob nenhuma hipótese, ser baseada na violência, na agressão verbal ou física.
O premiê disse ainda que a atitude vai de encontro com os fundamentos da república democrática e fez um apelo para que episódios como o de hoje não voltem a ocorrer.
Eric Coquerel, deputado do partido da esquerda radical A França Insubmissa, além de parte significativa da classe política francesa, defendeu o presidente.
A líder do partido Reunião Nacional, Marine Le Pen, afirmou que "esse tipo de comportamento é inadmissível" e "profundamente condenável em uma democracia".
* Com informações das agências ANSA e RFI
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