EUA e União Europeia estão 'profundamente preocupados' com mulheres afegãs
Os Estados Unidos, a União Europeia e vários outros países, disseram estar "profundamente preocupados" com a situação de mulheres e meninas no Afeganistão. Por isso, pediram ao Taleban, grupo fundamentalista que assumiu o controle do país no último domingo, que evitem "discriminações e abusos" garantam a proteção e os direitos delas.
"Estamos profundamente preocupados com as mulheres e e as meninas do Afeganistão, por seu direito à educação, ao trabalho e à liberdade de circulação", diz o comunicado.
Além dos EUA e UE, o texto também foi assinado pelo Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai, Costa Rica, Canadá, Equador, El Salvador, Austrália, Honduras, Guatemala, Albânia, Macedônia do Norte, Nova Zelândia, Noruega, Senegal, Suíça e Reino Unido.
Os países defendem que assim como todos os afegãos, as meninas e mulheres "merecem viver com segurança e dignidade". O comunicado explica, ainda, que a comunidade internacional está preparada a ajudá-las "para que suas vozes sejam ouvidas".
"Vamos monitorar de perto a forma como qualquer futuro governo garantirá os direitos e liberdades que se tornaram parte integrante da vida de mulheres e meninas no Afeganistão durante os últimos vinte anos", acrescentou o texto.
Ontem, o Taleban disse que as mulheres poderão trabalhar e estudar "dentro de nossas estruturas". A afirmação, no entanto, gera preocupação porque o grupo possui uma interpretação radical e estrita da "lei islâmica".
Quando estiveram no poder, entre 1996 e 2001, o grupo as proibiam de sair de casa sem a companhia de um homem e sem usar burca - veste que cobre todo o corpo. Àquela época, elas também foram proibidas de trabalhar, e a educação foi restringida para meninas com mais de 10 anos.
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