Itamaraty faz resgate de brasileiro e familiares do Afeganistão
O Ministério das Relações Exteriores anunciou que conseguiu realizar hoje o resgate de um brasileiro e seus familiares que estavam no Afeganistão - as identidades dos resgatados não foram reveladas. Eles foram encaminhados para Madri, na Espanha, e ainda não tem previsão de quando retornarão ao Brasil.
Ao UOL, o Itamaraty informou que todos passam bem, e ressaltou que o resgate foi uma ação conjunta com os governos da Alemanha e da Espanha. O brasileiro e seus familiares, que não possuem nacionalidade brasileira, deixaram o Afeganistão em um voo que retirava diplomatas, aliados e militares do país.
"Como resultado dos esforços diplomáticos realizados, foi possível resgatar um brasileiro, que chegou hoje a Madri acompanhado de seus familiares. Todos estão em boas condições de saúde."
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, até o momento foram identificados cinco brasileiros no Afeganistão, e desses apenas dois solicitaram auxílio para deixar o país. Um conseguiu ser retirado, e o outro ainda está no aguardo.
"O Itamaraty tem dedicado atenção prioritária à situação dos brasileiros no Afeganistão", informou a pasta, salientando que continua "em intensa articulação com países atuantes na região para viabilizar a pronta retirada do cidadão ainda localizado em território afegão, bem como de seus familiares".
EUA têm até 31 de agosto para concluir evacuação de moradores
A operação para evacuar milhares de moradores que tentam deixar o Afeganistão desde que o Talibã tomou o poder em Cabul, em 15 de agosto, foi retomada hoje, um dia depois de um atentado terrorista impetrado pelo Estado Islâmico deixar pelo menos 170 mortos e mais de 200 feridos - entre as vítimas fatais, 13 são militares norte-americanos. Os Estados Unidos têm até 31 de agosto para concluir a operação de resgate.
Após a retirada total das tropas norte-americanas, será "difícil prever" o que irá acontecer no Afeganistão, segundo o embaixador do Brasil no Paquistão, Olyntho Vieira, disse em entrevista ao UOL News na manhã de hoje. Ainda conforme Vieira, o Ocidente não é capaz de avaliar os reais impactos que significam o avanço do Talibã naquele país.
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