Família compra raposa pensando que animal era filhote de cachorro
Uma família que queria um filhote de cachorro acabou levando uma raposa para dentro de casa, em Lima, no Peru. A confusão foi descoberta por autoridades ambientais depois que o animal, que não é doméstico, acabou fugindo da residência e começou a atacar galinhas pela vizinhança.
O suposto cachorro, que ganhou o nome de "Run run", ou "Corra corra" em tradução livre do inglês, tem cerca de oito meses e é procurado pelo Serviço Florestal peruano desde maio. A compradora do mamífero, Maribel Sotelo, contou à mídia local que adquiriu o bicho em uma feira, por cerca de R$ 72, e que os vendedores afirmaram que o "cão" era um husky siberiano.
"Meu filho queria um mascote e ele não sabia que era uma raposa, ela foi crescendo e começou a tentar morder as coisas, foi quando meu marido disse 'isso é uma raposa, não um cachorro", comentou a mulher à emissora local Panamericana.
"Run run" escapou da casa da família em 24 de maio. Desde então, ela vem indenizando vizinhos que têm galos, galinhas e porquinhos-da-índia mortos pela raposa.
A mulher também destaca que o animal, "muito inteligente", continua voltando para perto de sua antiga casa todas as noites, onde geralmente encontra comida, mas que ele toma cuidado para não ingerir partes específicas das refeições, em que as autoridades florestais misturaram sedativos, na tentativa de capturá-lo.
A história ganhou fama para além de Lima. Um dos moradores do bairro da família, Erinson Zegarra acompanha os passeios de "Run run" e mostra os encontros com o bicho no TikTok. Com apenas dois vídeos, postados na última semana, ele já ganhou mais de 2 milhões de visualizações na plataforma.
Segundo a agência AP, apesar do tom curioso, o caso é tratado como um exemplo dos impactos do tráfico de animais na região. A expectativa é resgatar a raposa-andina (Lycalopex culpaeus) e levá-la até um zoológico da capital peruana. A espécie é encontrada de uma pequena porção da Colômbia até o sul da Argentina. O segundo maior canídeo da América do Sul não integra a lista de ameaçados de extinção e aparece em situação "pouco preocupante", na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
O comércio ilegal de bichos silvestres é o terceiro mercado mais rentável entre as indústrias ilegais do mundo, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas).
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