Áustria tem 'corrida por vacina' após lockdown para não imunizados
A Áustria registrou uma corrida aos postos de vacinação contra a covid-19 depois que o governo decidiu impor um lockdown para pessoas não vacinadas a partir da última segunda-feira (15). A medida é uma tentativa de conter uma nova onda de infecções no país, que atingiu patamar recorde.
O governo da Áustria, conservador, disse que cerca de dois milhões de pessoas no país, de cerca de nove milhões de habitantes, agora só têm permissão para deixar suas casas em alguns casos, como ir ao trabalho ou fazer compras de itens essenciais. A medida é válida a partir dos 12 anos.
Os infratores arriscam uma multa de — 500 euros (cerca de R$ 3.100) e os que se recusarem a se submeter a fiscalizações deverão desembolsar cerca de — 1.450 (R$ 9 mil).
Os não vacinados já são proibidos de entrar em restaurantes, hotéis e salões de cabeleireiro. Na capital Viena, para assistir a eventos festivos, culturais ou desportivos com mais de 25 pessoas ou para jantar fora, os não imunizados terão agora que apresentar um teste PCR, além do certificado de vacinação ou cura.
Enquanto centenas de pessoas em razão do lockdown, inúmeros cidadãos formaram fila nos centros de vacinação para receber sua dose. Segundo o jornal britânico The Independent, na semana anterior à entrada em vigor das novas restrições, quase 130 mil pessoas foram vacinadas, o maior número semanal registrado desde o início de julho.
"Vimos um aumento significativo de pessoas querendo receber sua vacina contra covid-19", disse ao jornal uma voluntária da Ordem de Malta, que está ajudando a administrar a campanha de vacinação.
Cerca de 65% da população recebeu um esquema de vacinação completo na Áustria, inferior à média europeia de 67%, e longe de países como Espanha (79%) ou França (75%).
O chanceler austríaco Alexander Schallenber descreveu essa taxa como "vergonhosamente baixa" quando mencionou o projeto de lockdown na sexta-feira.
O governo austríaco vai avaliar o efeito dessas restrições em 10 dias, disse o ministro da Saúde, Wolfgang Mückstein, no domingo, pedindo que os refratários sejam vacinados o mais rápido possível.
Nas últimas semanas, a Europa tornou-se novamente o epicentro da pandemia, o que levou alguns países a considerarem a reimposição de restrições no período que antecede o Natal.
A chegada do inverno no hemisfério norte preocupa as autoridades, já que o vírus se espalha mais facilmente nos meses de frio, quando as pessoas se reúnem dentro de casa.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Europa foi responsável por 55% das mortes e 63% dos novos casos de covid-19 no mundo durante a semana de 1 a 7 de novembro.
*Com informações da Reuters e RFI
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