Covid-19: Reino Unido, Alemanha e Itália identificam variante ômicron
Os governos de Reino Unido, Alemanha e Itália informaram hoje terem identificado seus primeiros casos da ômicron, a nova variante do coronavírus. As autoridades britânicas e alemãs registraram dois contaminados cada uma, enquanto na Itália um caso foi confirmado. Com isso, seis países e um território (Hong Kong, na China) já foram oficialmente atingidos pela nova cepa.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) informa que recebeu o primeiro registro da ômicron em 24 de novembro, da África do Sul. Na Europa, esta mutação do vírus foi confirmada inicialmente na Bélgica, ontem, e hoje foi detectada em outros pontos do continente.
Desde o fim da semana passada, governos têm anunciado o bloqueio à entrada de voos provenientes do sul da África, região mais atingida pela ômicron até o momento. A variante é tida pela OMS como a potencialmente mais contagiosa entre as mutações já identificadas desde o início da pandemia.
No Brasil, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou neste sábado (27) que o Brasil fechará, a partir de segunda-feira (29), as fronteiras aéreas para seis países da África. A portaria com a determinação deve ser publicada ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
A variante
A nova cepa do vírus, que leva o nome técnico de B.1.1.529, foi classificada ontem pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma "variante de preocupação". Ainda não existem estudos sobre a transmissibilidade da variante e o poder das atuais vacinas em contê-la.
Segundo a OMS, serão necessárias várias semanas para que se descubra o nível de transmissão e outras características da cepa. A variante foi identificada em Botsuana, no dia 9 de novembro, e logo em seguida apareceu na vizinha África do Sul, onde já foi registrada nas maiores cidades do país.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou ontem que ainda não se identificou nenhum caso. "A pasta está em constante vigilância e analisa, de forma conjunta com vários órgãos do governo federal, as medidas a serem tomadas", afirmou a pasta em um comunicado.
Entenda o que já se sabe sobre a variante ômicron.
O quanto a nova variante é perigosa?
Não existem, até o momento, dados epidemiológicos suficientes sobre a ômicron. A preocupação dos pesquisadores é com o alto número de mutações de que ela é capaz: oito vezes mais do que as outras cepas do coronavírus já classificadas como "de preocupação". O número é um indicativo de que o sistema imunológico humano pode ter maior dificuldade em combater a nova variante.
Há indicações de que a ômicron possa escapar das respostas imunológicas, gerando riscos mais altos para as pessoas. As infecções com a nova variante, no entanto, podem não ser mais graves do que as anteriores.
Há ainda sinais de que ela se espalhe mais rapidamente, o que pode gerar novas sobrecargas aos sistemas de saúde dos países atingidos.
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