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Explosão é ouvida no centro de cidade no leste da Ucrânia

Casa danificada após outro bombardeio em vilarejo na região de Donetsk, próxima à linha de frente dos militares da Ucrânia e separatistas pró-Rússia - Anatolli Stepanov/AFP
Casa danificada após outro bombardeio em vilarejo na região de Donetsk, próxima à linha de frente dos militares da Ucrânia e separatistas pró-Rússia Imagem: Anatolli Stepanov/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

20/02/2022 20h06Atualizada em 20/02/2022 20h27

Uma testemunha da agência de notícias Reuters afirmou ter ouvido uma explosão na manhã de segunda-feira (21), (horário local; noite de domingo no Brasil), no centro da cidade de Donetsk, controlada por separatistas apoiados pela Rússia, no leste da Ucrânia.

Ainda não há informações sobre a origem das explosões.

Na noite de sábado e início de domingo (horário local), moradores do centro da cidade de Donetsk também informaram ter ouvido diversas explosões, em meio à tensão de uma possível invasão da Rússia.

Não há informações sobre a origem das explosões de ontem — as autoridades separatistas locais e o governo ucraniano ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

Dois soldados ucranianos também foram mortos no sábado (19) na linha de frente dos conflitos com separatistas pró-Moscou, no leste da Ucrânia. Estas foram as primeiras baixas entre militares, em mais de um mês de crise na fronteira com a Rússia.

Outros quatro soldados ficaram feridos e estão hospitalizados, informou o Exército ucraniano em um comunicado, em que acusa os rebeldes de liderarem os bombardeios e de terem cometido 70 violações da trégua que deveria estar em vigor.

Ministro e jornalistas são alvo de tiros de morteiro

Ontem, o ministro do Interior da Ucrânia, Denys Monastyrskiy, e um grupo de jornalistas foram alvos de tiros de morteiro no leste do país neste sábado, noticiou a CNN Internacional. Ninguém ficou ferido. Cerca de uma dúzia de tiros de morteiro caíram a algumas centenas de metros do grupo.

Em uma entrevista coletiva mais tarde na cidade de Kramatorsk, Monastyrskiy disse que há informações de avanço do exército russo no território ucraniano. Nos últimos dias, as Forças Armadas do país relataram um aumento no disparo de armas pesadas contra suas posições.

O Ministério da Defesa ucraniano disse que até as 17h (horário local) de sábado, "70 violações do regime de cessar-fogo foram registradas pelas forças de ocupação russas, 60 das quais usando armas proibidas pelos acordos de Minsk".

EUA dizem que militares russos têm ordens para invadir Ucrânia, diz TV

Os Estados Unidos têm informações de que militares russos receberam ordens para prosseguir com uma invasão da Ucrânia, com comandantes no terreno fazendo planos específicos, segundo a TV americana CBS.

A inteligência americana indica que "eles estão fazendo tudo o que os comandantes americanos fariam quando obtivessem a ordem de prosseguir", disse David Martin, correspondente de segurança nacional da CBS News.

Na sexta-feira (18), o presidente dos EUA, Joe Biden, já havia adiantado que estava "convencido" que o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu invadir a Ucrânia e disse que os Estados Unidos acreditam que as forças russas pretendem atacar nos "próximos dias".

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse ao programa "Face the Nation", da CBS News, que os EUA acreditam que a Rússia está "seguindo em frente" com planos de invasão. Moscou nega as acusações de que tal ação será tomada, mas hoje Belarus anunciou que continuará com os exercícios militares feitos em seu país com soldados russos.

"Tudo o que estamos vendo nos mostra que a decisão que acreditamos que o presidente Putin tomou de invadir está avançando", disse Blinken.

Ontem, o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, disse à televisão alemã ARD que "todos os sinais indicam que a Rússia está planejando um ataque total à Ucrânia".

*Com AFP e RFI