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Biden autoriza militares e equipamentos adicionais dos EUA na Europa

Militares dos EUA e das nações aliadas participam de uma cerimônia durante a visita do secretário-geral da OTAN e do presidente da Romênia na Base Militar Mihail Kogalniceanu - Andrei PUNGOVSCHI / AFP
Militares dos EUA e das nações aliadas participam de uma cerimônia durante a visita do secretário-geral da OTAN e do presidente da Romênia na Base Militar Mihail Kogalniceanu Imagem: Andrei PUNGOVSCHI / AFP

Do UOL, em São Paulo*

22/02/2022 17h37Atualizada em 22/02/2022 19h24

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse hoje que o país vai aumentar a presença militar na Europa para reforçar os aliados da Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte). "Armas defensivas" também serão enviadas a países do leste europeu.

"Hoje, em resposta à admissão da Rússia de que não retirará suas forças da Bielorrússia, autorizei movimentos adicionais de forças e equipamentos dos EUA, já estacionados na Europa, para fortalecer nossos aliados do Báltico: Estônia, Letônia e Lituânia"
Presidente dos EUA, Joe Biden

O democrata garantiu que esses são "movimentos totalmente defensivos". Ele afirmou que não há intenção "de lutar contra a Rússia" mas, sim, defender "cada centímetro" do território da Otan.

A redistribuição de tropas na Europa inclui o envio de 800 soldados de infantaria para a região do Báltico e até oito caças F-35 para vários pontos de operação ao longo do flanco leste da Otan. A informação é de uma autoridade norte-americana, que falou sob condição de anonimato.

Além disso, os Estados Unidos enviarão 32 helicópteros de ataque AH-64 Apache para a região do Báltico e para a Polônia.

Para o norte-americano, a "invasão" russa da Ucrânia está "começando". No entanto, ele deixou claro que "ainda há tempo" para a diplomacia e evitar o início de uma guerra.

"Não há dúvida de que a Rússia é o agressor, então estamos atentos aos desafios que enfrentamos", disse.

Hoje, o presidente dos Estados Unidos anunciou o "pacote inicial" de sanções à Rússia. É a primeira vez que o democrata se manifesta publicamente sobre a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer dois territórios separatistas da Ucrânia, a República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk.

Rússia não enviará soldados à Ucrânia imediatamente

A Rússia disse que só enviará soldados à Ucrânia "se houver ameaça". A informação é do vice-chanceler russo, Andrei Rudenko.

"A ajuda militar está prevista no acordo (com os separatistas), mas não vamos especular. Por enquanto, não vamos mandar ninguém para parte alguma", disse, e completou: "se houver uma ameaça, então, é claro, daremos nossa ajuda, segundo o acordo que foi ratificado."

Vladimir Putin, contudo, pediu à Câmara Alta do Parlamento autorização para o envio de militares às regiões.

O presidente russo afirmou, ainda, que a entrada do Exército na Ucrânia "dependerá da situação do terreno". Para ele, a "melhor solução" para acabar com a crise seria Kiev desistir de seu desejo de se juntar à Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), mas que acordos de paz "já não existem".

* (Com informações da Reuters)