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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Boris Johnson diz que vai 'travar' economia da Rússia por invasão à Ucrânia

Do UOL, em São Paulo*

24/02/2022 10h39Atualizada em 24/02/2022 16h31

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse um pronunciamento hoje que vai "travar" a economia da Rússia com um "pacote maciço de sanções" após o presidente russo, Vladimir Putin, iniciar, durante a madrugada, uma operação militar para invadir a Ucrânia.

"A Ucrânia é um país que por décadas desfrutou de liberdade, democracia e o direito de escolher seu próprio destino. Nós e o mundo não podemos permitir que essa liberdade seja simplesmente extinta. Não podemos e não vamos simplesmente desviar o olhar", afirmou o premiê.

"Hoje, em conjunto com nossos aliados, vamos chegar a um acordo para um pacote maciço de sanções econômicas projetadas a tempo de travar a economia russa", completou Johnson.

O Reino Unido deve sancionar 100 pessoas e entidades como parte das novas sanções contra a Rússia. Segundo Boris Johnson, esse é "o maior e mais severo" pacote que a Rússia já viu". Nessas penalidades estão incluídas empresas e fabricantes que "apoiam a máquina de guerra de Putin", bem como a Bielorrússia, "por seu papel no ataque à Ucrânia".

Também será imposto um congelamento de ativos ao banco estatal russo VTB. Na terça-feira (22), o Reino Unido e a União Europeia já haviam aprovado sanções a cinco bancos e três oligarcas russos.

"Esses poderes nos permitirão excluir totalmente os bancos russos do sistema financeiro do Reino Unido", disse, explicando que empresas estatais e privadas da Rússia também serão impedidas de "arrecadar fundos no Reino Unido, proibindo negociar seus títulos e fazer empréstimos a eles".

Continuaremos em uma missão implacável de tirar a Rússia da economia global, peça por peça, dia a dia e semana a semana
Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

O Reino Unido proibiu, ainda, que aeronaves russas usem seu espaço aéreo, segundo um boletim recém-publicado pelo Departamento de Transportes do Reino Unido. A empresa aérea Aeroflot, por exemplo, opera voos diretos entre Moscou e Londres-Heathrow e Gatwick, de acordo com seu site. Mas as restrições valem para todas as companhias aéreas russas.

'Não desviaremos o olhar da Ucrânia', diz Boris

O premiê britânico foi ao Twitter reforçar o pronunciamento de mais cedo e declarou que o seu país e o mundo não podem deixar que a liberdade da Ucrânia seja extinta.

"A Ucrânia é um país que há décadas goza da liberdade e democracia e do direito de escolher seu próprio destino. Nós — e o mundo — não podemos permitir que essa liberdade seja simplesmente extinta. Não podemos e não vamos apenas desviar o olhar."

Outras sanções contra a Rússia

O Canadá também anunciou hoje embargos contra a Rússia. As novas medidas foram anunciadas pelo primeiro-ministro, Justin Trudeau, em Ottawa, horas após o início da invasão russa na Ucrânia.

Os principais alvos das sanções são membros da elite russa e grandes bancos do país. Ao todo, são 58 pessoas e entidades, bem como a organização paramilitar conhecida como Grupo Wagner.

Também estão inclusos nas penalidades os membros do Conselho de Segurança da Rússia, como o ministro da Defesa, o ministro das Finanças e o ministro da Justiça. Além disso, o governo canadense suspendeu licenças existentes e proibiu novas concessões de exportação para a Rússia.

Trudeau também fez críticas à Putin, ressaltando que o presidente russo iniciou um "ataque horrível e não provocado" contra a Ucrânia.

"Ele colocou desnecessariamente a vida de pessoas inocentes em risco, violou os tratados internacionais da Rússia e lançou a maior ameaça à estabilidade europeia desde a Segunda Guerra Mundial", disse.

Nos últimos dias, os Estados Unidos e vários países da União Europeia aplicaram embargos contra a Rússia em meio à escalada de tensão com a Ucrânia. As medidas, até agora, miraram grandes oligarcas russos e pessoas ligadas ao governo e próximas a Putin. Elas, no entanto, não surtiram efeito.

Em comunicado divulgado hoje, o Kremlin disse que monitora de perto a situação dos mercados e que adotará medidas em prol da estabilidade financeira.

China diz que vai importar trigo da Rússia

A agência alfandegária da China anunciou hoje, que "abriu caminho para a importação de trigo de todas as regiões da Rússia, em vez de apenas algumas áreas designadas".

Segundo o jornal norte-americano The New York Times, "a medida faz parte de uma série de acordos assinados pelo presidente Vladimir Putin durante sua recente viagem a Pequim".

Na visita, China e Rússia afirmaram que "a parceria não tinha limites". Em tempos de sanções à Rússia, a China oferece como um aliado importante.

*Com informações de Reuters