Topo

Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


Esse conteúdo é antigo

G7 pede para Putin 'parar banho de sangue' na Ucrânia

Do UOL, em São Paulo*

24/02/2022 14h09Atualizada em 24/02/2022 14h26

A reunião dos líderes do G7 - grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido — terminou com uma dura mensagem contra a Rússia após o ataque dos militares do país contra a Ucrânia hoje.

Os chefes de governo e Estado pediram que o presidente russo, Vladimir Putin, pare com o "banho de sangue" e retire suas tropas do território ucraniano "imediatamente". A nota ainda reforça o "apoio e a solidariedade total" a Kiev.

Após o início das mobilizações russas, houve registro de explosões e ataques a unidades de fronteiras ucranianas, além de movimentações de tanques. Já há mortos em decorrência da ação militar.

Os líderes ainda afirmaram que a invasão é uma "ameaça à ordem internacional" e que todos estão prontos a agir no mercado global da energia, especialmente, para diminuir a dependência europeia do gás russo.

"Estamos monitorando de perto as condições do mercado global de petróleo e gás", disse o G7 em comunicado após uma videoconferência para discutir a crise desencadeada pela invasão.

Putin reintroduziu a guerra no continente europeu, e isso o coloca do lado errado da história. Esse é um ataque completamente injustificado contra a Ucrânia Comunicado de líderes do G7

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Líderes da UE se reúnem com secretário da Otan

Quem também se reuniu hoje foram os líderes da União Europeia, Ursula von der Leyen (presidente da Comissão Europeia) e Charles Michel (do Conselho Europeu) com Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.

Entre os anúncios, Von der Leyen destacou que o bloco europeu tem planos prontos para receber todos os ucranianos que fugirem para Estados-membros.

"Todos os países fronteiriços têm planos para acolher imediatamente os refugiados da Ucrânia e têm todo o nosso apoio, com corredores humanitários para as pessoas que têm necessidades. Aumentaremos também a ajuda à Ucrânia e estamos completamente preparados", disse Von der Leyen.

Até o momento, milhares de pessoas já foram para a Polônia e cerca de quatro mil foram para a Moldávia.

A presidente da Comissão ainda falou sobre as sanções novas que o bloco aplicará contra os russos, que devem ser implementadas em 24 horas, e que, segundo a alemã, "farão com que seja impossível que o Kremlin continue com a sua ação".

"Serão sanções financeiras muito duras, terão um impacto muito pesado sobre a economia russa e irão suprimir o crescimento da Rússia e erodir sua base industrial. Veremos muitos capitais saírem do país e limitaremos o acesso de Moscou a tecnologias fundamentais", disse ainda.

Kiev diz que a invasão é total

Os ataques da Rússia começaram após Putin ter dado sinal verde àquilo que definiu como "operação militar especial" da Rússia no leste da Ucrânia e mandar recado para aqueles que tentarem intervir.

Ele descreveu a medida como uma resposta às ameaças ucranianas e disse que visa a "desmilitarização e a desnazificação".

A Rússia tem mais de 150 mil soldados, tanques e mísseis posicionados ao longo da fronteira ucraniana. O regime de Vladimir Putin —que, inicialmente, negou a intenção de invasão e acusou americanos de "histeria"— reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan.

Para Putin, a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia por sua expansão na região. Por isso, o presidente quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar à aliança.

Em contrapartida, os Estados Unidos e países aliados do Ocidente (como o Reino Unido, França e a Alemanha) ameaçaram o país com "sanções econômicas severas" e "resposta ágil", caso a invasão ocorresse.

* Com informações da Ansa