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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ex-presidente da Ucrânia diz que Putin é 'maluco' e está contra o mundo

Petro Poroshenko, ex-presidente da Ucrânia, está nas ruas de Kiev com arma para combater russos - Reprodução/CNN
Petro Poroshenko, ex-presidente da Ucrânia, está nas ruas de Kiev com arma para combater russos Imagem: Reprodução/CNN

Do UOL, em São Paulo

25/02/2022 11h50Atualizada em 25/02/2022 14h11

O ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko chamou hoje o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de "simplesmente maluco" e que ele não declarou guerra somente à Ucrânia, mas ao mundo inteiro, ao começar anteontem uma ofensiva militar contra o país vizinho.

"Todo mundo deve entender, [o presidente russo] Putin declarou guerra não pela Ucrânia. Putin declarou guerra ao mundo inteiro", disse Poroshenko em entrevista ao vivo à CNN.

Durante a entrevista, o ex-presidente estava nas ruas de Kiev, capital da Ucrânia, que deve ser alvo de novos ataques da Rússia nas próximas horas. Questionado se ele estava armado, Poroshenko disse que isso era "fácil" confirmar e mostrou um rifle de alto calibre, entregue a ele por outra pessoa que estava a seu lado.

Ainda durante a conversa, o ex-presidente afirmou que os ucranianos estão prontos para defender seu país. "Ele é simplesmente mau por vir aqui para matar os ucranianos", disse. Poroshenko contou que seu 'batalhão' está a cerca de dois a três quilômetros dos combates entre soldados russos e ucranianos.

Poroshenko também disse que a Ucrânia precisa da ajuda do Ocidente, incluindo sanções, expulsando a Rússia da SWIFT - uma rede de mensagens de alta segurança que conecta milhares de instituições financeiras em todo o mundo - e bloqueando aviões e navios russos nos portos da UE (União Europeia) e de países membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). "É importante para nós que sintamos que não estamos sozinhos", disse ele.

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais no UOL News com Fabíola Cidral:

Presidente da Ucrânia diz que país se defende sozinho

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, que o país tem se defendido sozinho contra a Rússia. O ucraniano também diz que o "país mais poderoso do mundo olhou de longe".

"Esta manhã, estamos defendendo nosso país sozinhos. Assim como ontem, o país mais poderoso do mundo olhou de longe", disse ele, no que seria uma referência aos Estados Unidos.

Ontem, em seu primeiro pronunciamento após a invasão da Rússia na Ucrânia, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou ao menos cinco novas medidas contra bancos e elites do país eurasiático.

ONU está 'gravemente preocupada' com a morte de civis

A ONU (Organização das Nações Unidas) está "gravemente preocupada" com a situação na Ucrânia e está recebendo relatos crescentes de vítimas civis, disse hoje a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

"Os civis estão aterrorizados com uma nova escalada, com muitos tentando fugir de suas casas e outros se abrigando onde possível", disse Shamdasani. Ela acrescentou que "a ação militar da Federação Russa viola o direito internacional" e "coloca em risco inúmeras vidas e deve ser imediatamente interrompida."

Ataques à Ucrânia deixaram mortos e feridos

Desde o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, na madrugada de ontem, civis foram mortos e feridos. De acordo com a contabilização do governo ucraniano, mais de 130 pessoas morreram.

Segundo o comando militar ucraniano, disparos de projéteis russos contra um hospital na região de Donetsk deixaram pessoas mortas. Outras 10 pessoas ficaram feridas, entre elas seis médicos.

Donestk foi uma das regiões tomadas por rebeldes pró-Rússia reconhecidas pelo presidente russo, Vladimir Putin, como território independente na segunda-feira (21).

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Outro bombardeio durante a madrugada, dessa vez na cidade de Chuhuiv, a 530 quilômetros de Kiev, deixou pelo menos um morto. A vítima é uma criança que estava em um prédio de cinco andares atingido durante o ataque, ainda que a Rússia houvesse dito que não haveria ataques a civis ucranianos.

Nessa mesma cidade, um complexo de apartamentos foi alvo de um ataque aéreo durante a ofensiva russa ao país vizinho e deixou idosas feridas. Uma das imagens, com uma mulher ensanguentada, se tornou uma das mais marcantes registradas neste início de invasão.