Embaixada recomenda a brasileiros que usem abrigos contra ataques aéreos
Herculano Barreto Filho e Eduardo Militão
Do UOL, em São Paulo e Brasília
26/02/2022 11h12Atualizada em 26/02/2022 19h02
A Embaixada Brasileira em Kiev, na Ucrânia, recomendou aos brasileiros que usem abrigos para fugir de ataques aéreos neste sábado (26). Além disso, os funcionários do Embaixada informam agora três cidades como destinos de trens para evacuação partindo da capital. O conflito entre Rússia e Ucrânia já causou ao menos 198 mortes.
De Kiev para Chernivtsi - 16h50 locais (11h50 em Brasília)
De Kiev para Uzhhorod - 17h locais (12h em Brasília)
De Kiev para Lviv - 18h locais (13h em Brasília)
Em 18 comunicados enviados pelo aplicativo Telegram hoje, a Embaixada disse que a companhia de trens UZ oferece transporte em três cidades a caminho de regiões de fronteira: Chernivtsi, Uzhhorod e Lviv. Os servidores do consulado pedem que os brasileiros que forem para essas cidades perto da fronteira com a Romênia repassem seus dados por telefone e aguardem nas estações com itens básicos, como água e comida.
Apesar de alertarem que os brasileiros devem se dirigir a esses locais com segurança, não explicam exatamente o que seria essa proteção nem oferecem meios para garantir a integridade dos cidadãos.
"As pessoas só devem se dirigir à estação, porém, se considerarem que há segurança suficiente. Deve-se chegar na estação também com bastante antecedência antes do toque que se inicia às 17:00", diz um dos comunicados da Embaixada do Brasil em Kiev.
A prefeitura de Kiev reforçou o pedido que os deslocamentos sejam evitados, de acordo com a Embaixada, por causa dos ataques aéreos.
"IMPORTANTE: Prefeitura de Kiev reforçou o pedido de que todos evitem deslocamentos no momento e procurem abrigo, em razão de ataques aéreos." Comunicado da Embaixada do Brasil em Kiev
O consulado dado destacou que os metrôs continuam funcionando como abrigos. Os brasileiros que se sentirem seguros para sair devem ir para as estações de trem antes do toque de recolher, que acontece às 17h no horário da Ucrânia.
Bilhetes são gratuitos; embaixada pede dados
A embaixada pediu dados dos brasileiros que embarcaram nos trens: "Enviem nome completo e número de passaporte em uma mensagem para o plantão consular: +380503845484". Ele devem ir às estações e aguardar nos locais.
Os bilhetes são gratuitos, de acordo com um dos comunicados. "A Embaixada informará os dados do trem para Lviv assim que estiverem disponíveis. A chefia da estação está avisada do assunto, e buscará atender os cidadãos brasileiros e latino-americanos. Não é necessário comprar bilhetes."
A Embaixada alertou que é uma "evacuação de emergência" e devem ser levados apenas itens essenciais. Água e comida são recomendados porque os trens estão "demorando ainda mais do que o normal".
Guerra entre Rússia e Ucrânia chega ao 3º dia com ataque a Kiev; veja fotos
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Explosão forte em Kiev, na Ucrânia, é captada em foto da agência Reuters
Reprodução/Reuters
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Capital da Ucrânia, Kiev amanheceu sob nuvens de fumaça escura após bombardeios
Gleb Garanich/Reuters
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Militares ucranianos recolhem projéteis não detonados após confronto com russos, neste sábado (26)
Sergei Supinsky/AFP
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Soldados ucranianos passam por local onde houve conflito com combatentes russos, em Kiev
Sergei Supinsky/AFP
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Militares ucranianos recolhem projéteis não detonados após confronto com russos, neste sábado (26)
Sergei Supinsky/AFP
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Soldado ucraniano faz patrulha em rodovia vazia no oeste da capital Kiev na manhã de sábado (26)
Daniel Leal/AFP
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Dentro de tanque, soldado ucraniano observa movimentação de companheiros em região de Kiev
Daniel Leal/AFP
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Andares de um prédio em Kiev ficaram completamente destruídos após bombardeios na capital
Gleb Garanich/Reuters
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Bombeiro trabalha em andar de prédio destruído por bombardeio deste sábado (26) em Kiev
Gleb Garanich/Reuters
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Bombeiros apagam incêndio em frente a prédio atingido por bombas russas, em Kiev
Gleb Garanich/Reuters
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Foto mostra parte do edifício residencial danificada por um bombardeio recente em Kharkiv
Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters
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Em Kiev, pessoas tapam os ouvidos e se protegem após sirene de alerta soar próximo a prédio destruído
Gleb Garanich/Reuters
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A torre de um tanque destruído é vista na beira da estrada em Kharkiv
Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters
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Soldados ucranianos também buscam proteção após ouvirem sirene de alerta em Kiev
Gleb Garanich/Reuters
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Soldado ucraniano na base aérea militar Vasylkiv, na região de Kiev, capital da Ucrânia
Maksim Levin/Reuters
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Tanques ucranianos em uma estrada antes de um ataque na região de Lugansk
Anatolli Stepanov/AFP
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Um membro da Guarda de Fronteira Polonesa segura uma criança em uma passagem de fronteira entre a Polônia e a Ucrânia
Kacper Pempel/Reuters
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Pessoas que deixaram a Ucrânia na sexta (25) chegaram à fronteira com a Hungria neste sábado (26)
Bernadett Szabo/Reuters
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Mulher chora ao chegar a Beregsurany, na fronteira da Ucrânia com a Hungria, após fugir da guerra
Bernadett Szabo/Reuters
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Mãe abraça seus filhos depois de um voluntário ajudá-los a atravessar a fronteira entre Ucrânia e Hungria
Bernadett Szabo/Reuters
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Soldado ajuda a carregar bagagem de refugiados da Ucrânia que atravessam a fronteira com a Eslováquia
Radovan Stoklasa/Reuters
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Refugiados da guerra na Ucrânia, incluindo crianças, também chegam a Eslováquia, no leste europeu
Radovan Stoklasa/Reuters
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Em Tóquio, no Japão, protesto contra a guerra compara o presidente russo Vladimir Putin a Adolf Hitler
Charly Triballeau/AFP
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Crianças ucranianas participam de protesto em Tóquio, no Japão, contra a invasão da Rússia
Kim Kyung-Hoon/Reuters
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"Bielorrussos são contra a guerra", diz cartaz visto em protesto em Tóquio, no Japão
Kim Kyung-Hoon/Reuters
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Em Nova Délhi, na Índia, manifestantes também protestam contra a guerra entre Rússia e Ucrânia
Anushree Fadnavis/Reuters
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"Por favor, salvem os estudantes no leste da Ucrânia", pede uma manifestante em Nova Délhi, na Índia
Anushree Fadnavis/Reuters
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Em Munique, na Alemanha, manifestantes também protestaram contra a guerra na Ucrânia
Lukas Barth/Reuters
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Em ato, alemã carrega cartaz com os dizeres: "Paz para Ucrânia. Exército russo, vá para casa"
Lukas Barth/Reuters
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Em Genebra, na Suíça, manifestante leva cartaz com dizeres em francês: "Sou russo, sou contra a guerra"
Pierre Albouy/Reuters
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"Neutralidade mata. Apoie a Ucrânia", diz outro cartaz visto em ato ocorrido em Berna, também na Suíça
Arnd Wiegmann/Reuters
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Retrato de Putin é manchado com tinta vermelha durante protesto do lado de fora da Embaixada da Rússia, em Bucareste, na Romênia
Inquam Photos/Reuters
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Manifestantes pintaram de vermelho placa da Embaixada da Rússia, em Bucareste, na Romênia
Inquam Photos/Reuters
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Explosão em Kiev
Reprodução/Twitter
Um trem já saiu de Kiev para Chernivtsi, na fronteira com a Romênia.
A UZ [companhia de trens da Ucrânia] confirmou que os trens continuam a sair de Kiev, ainda que com atrasos. Apenas um foi cancelado." Embaixada do Brasil
Os comunicados de hoje mostram uma mudança de tom na postura da Embaixada. No início, na quinta-feira (24), os moradores de Kiev, a capital, deveriam permanecer onde moravam de acordo com o consulado.Além disso, a Embaixada avaliava que a situação era estável na maior parte das regiões da Ucrânia e que os alvos eram os militares.
Depois, o consulado deixou de citar alvos diante da crescente morte de civis e passou a se referir à situação no país como "imprevisível". No dia 25, por exemplo, a recomendação era que pessoas de todas as cidades embarcassem em trens.
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