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Biden diz que americanos não devem se preocupar com guerra nuclear

O presidente dos EUA, Joe Biden, faz comentários em um evento de celebração do Mês da História Negra na Sala Leste da Casa Branca - Anna Moneymaker/Getty Images via AFP
O presidente dos EUA, Joe Biden, faz comentários em um evento de celebração do Mês da História Negra na Sala Leste da Casa Branca Imagem: Anna Moneymaker/Getty Images via AFP

Do UOL, em São Paulo

28/02/2022 18h33Atualizada em 28/02/2022 19h29

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, nesta segunda-feira (28), que os norte-americanos não devem se preocupar com uma possível guerra nuclear. A declaração foi curta e dita quando Biden foi questionado por uma repórter ao deixar um evento de celebração do Mês da História Negra na Sala Leste da Casa Branca.

"Os americanos deveriam se preocupar com a guerra nuclear?", questionou a jornalista, para o presidente dos Estados Unidos, que respondeu um sonoro "não".

O posicionamento de Biden veio um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar que as forças de dissuasão nuclear do país fossem colocadas em alerta máximo. O governo dos Estados Unidos classificou a decisão como "totalmente inaceitável" e o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, chamou a atitude de Moscou de "irresponsável".

Horas depois da declaração de Biden nesta segunda, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que os Estados Unidos não veem motivo para alterar o alerta nuclear, mesmo depois da fala do governo russo. Ela, no entanto, fez um alerta.

Acreditamos que a retórica provocativa, como essa em relação a armas nucleares, é perigosa, aumenta um risco de um erro, e isso deve ser evitado. Não vamos permitir nosso. O cenário até agora não mudou os nossos níveis de alerta
Porta-voz da Casa Branca

A porta-voz do governo de Biden disse ainda que "uma guerra nuclear nunca deveria ser lutada". "Nunca deveria ser feita, não pode ser vencida. Estamos vendo o perigo nesse tipo de retórica escalatória", afirmou.

5º dia de guerra

O quinto dia da guerra entre Rússia e Ucrânia foi marcado pela primeira reunião entre os dois países, em Belarus, desde o início do conflito, na quinta-feira (24). O encontro durou cerca de cinco horas e, do lado russo, a missão diplomática foi liderada pelo conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski. A Ucrânia enviou seu ministro da Defesa, Oleksii Reznikov.

A reunião aconteceu em uma das residências do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko —aliado de Putin—, na região de Gomel, perto de da fronteira com a Rcrânia.

O principal negociador russo, Vladimir Medinski, afirmou que seu país "busca um acordo".

Já Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, se mostrou cético em um pronunciamento hoje. "Como sempre, realmente não acredito no resultado da reunião, mas deixe que tentem", declarou.

No Twitter, após a reunião, Reznikov disse que soldados russos receberão anistia total e compensação monetária se aceitarem depor voluntariamente suas armas.

"Aqueles de vocês que não querem se tornar um assassino e morrer podem se salvar", escreveu.