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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Itamaraty elabora medidas emergenciais por agravamento da guerra na Ucrânia

02.mar.22 - Bombeiros trabalham para conter um incêndio no prédio do Departamento de Economia da Universidade Nacional Karazin Kharkiv, supostamente atingido durante recente bombardeio pela Rússia, em Kharkiv - SERGEY BOBOK/AFP
02.mar.22 - Bombeiros trabalham para conter um incêndio no prédio do Departamento de Economia da Universidade Nacional Karazin Kharkiv, supostamente atingido durante recente bombardeio pela Rússia, em Kharkiv Imagem: SERGEY BOBOK/AFP

Do UOL, em São Paulo

02/03/2022 21h58Atualizada em 02/03/2022 23h26

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, publicou hoje um telegrama para implementar medidas emergenciais para apoiar os brasileiros que moram na Ucrânia e os que desejam deixar o país em guerra. A decisão foi tomada pela percepção de que há "agravamento" do conflito sete dias após a invasão iniciada pela Rússia. A informação foi noticiada pela CNN Brasil e confirmada pelo UOL.

A mudança que mais poderá impactar os brasileiros em solo ucraniano é que o Itamaraty vai redirecionar os serviços da embaixada do Brasil em Kiev para Lviv, por onde refugiados se deslocam para a Polônia, e Chisinau, na Moldávia, parte da travessia para quem procura abrigo na Romênia.

"A medida visa a tornar mais rápido, eficiente e presente o atendimento a brasileiros que necessitem de apoio do governo brasileiro para sair da Ucrânia", escreveu França.

Os outros funcionários de Kiev trabalharão de forma remota. O telegrama foi encaminhado para outras embaixadas do Brasil na Ucrânia, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia.

Além disso, o ministro ordenou que sejam mobilizados "todos os recursos materiais e humanos necessários para a melhor prestação possível de apoio aos brasileiros em suas respectivas jurisdições". Assim, eles poderão receber todo tipo de apoio nas embaixadas, como alimentação, transporte e abrigo.

O Itamaraty reforçou o auxílio prestado pelo Grupo de Trabalho formado por diplomatas, assessores de imprensa e representantes do Ministério da Defesa. O grupo deve prestar esclarecimentos e promover informações por telefone, e-mail e WhatsApp.

Uma semana de guerra

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia completa uma semana hoje desde que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o começo da ofensiva de suas tropas em território ucraniano.

Durante a madrugada, bombardeios e ataques da Rússia destruíram parcialmente uma estação de polícia em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Paraquedistas russos pousaram na cidade para tentar tomá-la.

Zhytomyr, localizada a 140 quilômetros de Kiev, também foi alvo de bombardeios nas primeiras horas da madrugada de hoje, no horário local. Uma área residencial foi atingida, deixando várias casas destruídas e ao menos quatro pessoas mortas — três adultos e uma criança.

Segundo o Acnur (Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados), mais de 800 mil pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa: pelo menos 836 mil indivíduos buscaram proteção em países vizinhos, a maioria deles na Polônia — cerca de 454 mil.

A Hungria é o segundo principal destino, que recebeu 116 mil migrantes. A Eslováquia recebeu 67 mil refugiados, e a Rússia, envolvida no conflito, 42,9 mil pessoas.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL