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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Casa Branca diz não defender mudança no sistema político da Rússia

Do UOL, em São Paulo*

04/03/2022 18h49Atualizada em 04/03/2022 23h12

A Casa Branca garantiu hoje que não defende uma mudança de regime político na Rússia. A afirmação da porta-voz do governo Biden, Jen Psaki, vem após um senador dos Estados Unidos defender que os russos "acabassem" com o presidente do país, Vladimir Putin.

"Não estamos defendendo a morte do líder de um país estrangeiro ou a mudança de regime. Essa não é a política dos Estados Unidos", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, a repórteres.

O senador Lindsey Graham, um republicano da Carolina do Sul, sugeriu que a única forma de terminar com a guerra é "alguém na Rússia acabar com esse cara": "você estaria prestando um grande serviço ao seu país - e ao mundo", escreveu no Twitter.

EUA avaliam se há crimes de guerra

O governo norte-americano está avaliando se a Rússia cometeu crimes de guerra. A análise inclui evidências de ataques russos a civis, além da ofensiva contra usinas nucleares da Ucrânia.

Os EUA, porém, ainda não chegaram a uma conclusão sobre o assunto, informou Jen Psaki, em coletiva de imprensa. A porta-voz de Biden, ressaltou que o ataque russo à usina nuclear de Zaporizhzhia, considerada a maior do tipo na Europa, foi o "cúmulo da irresponsabilidade".

Recentemente, o promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional disse que estão sendo coletadas evidências sobre supostos crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio. O processo de investigação começou após 39 nações pedirem a abertura de um inquérito. A Rússia, por outro lado, nega atacar civis.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

EUA dizem não buscar conflito com a Rússia, mas garantem estar preparados

A aliança militar ocidental Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) defenderá todos os aliados e territórios contra um ataque da Rússia, disse hoje o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ao chegar para uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do bloco em Bruxelas, na Bélgica.

"Nossa aliança é defensiva. Não buscamos nenhum conflito. Mas, se o conflito chegar até nós, estaremos prontos para ele e defenderemos cada centímetro do território da Otan", disse ele aos repórteres.

Ao mesmo tempo, Blinken condenava o que chamou de ataques russos contra civis na Ucrânia.

"E de um dia para o outro, também vimos relatos sobre o ataque contra uma usina nuclear. Isto só demonstra a imprudência desta guerra e a importância de acabar com ela e de a Rússia retirar todas as suas tropas e se engajar de boa fé nos esforços diplomáticos", acrescentou.

Com o rápido avanço nos primeiros nove dias de invasão à Ucrânia, as forças armas da Rússia têm enfrentado resistência. Por isso, focar em ataques a infraestrutura local.

No momento, o foco russo é a rede de telecomunicações, o abastecimento de água e de energia. Em vários pontos do país, esses serviços estão prejudicados.

Biden declara que Putin está 'isolado'

Em um discurso na última terça-feira (1º), o presidente Joe Biden disse que o presidente russo, Vladimir Putin, está "isolado".

Como retaliação pelo conflito gerado na Ucrânia, Biden declarou que intensificará as sanções para atingir oligarcas russos. Uma das medidas anunciadas por ele foi o fechamento do espaço aéreo dos EUA para aviões que saem da Rússia.

"O departamento de Justiça dos Estados Unidos criou uma força tarefa para ir atrás dos oligarcas russos. Estamos nos juntando aos aliados europeus para manter presos seus iates, jatos, artigos de luxo. E essa noite estou anunciando que vamos nos juntar a nossos aliados, fechando o espaço aéreo para todos os voos da Rússia. Ele (Putin) mal sabe o que está por vir", disse o presidente.

* Com informações da Reuters e BBC