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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia: apenas 400 civis são retirados de Volnovakha; previsão era 15 mil

Do UOL, em Brasília

05/03/2022 12h31Atualizada em 05/03/2022 12h57

Apesar do anúncio pela Rússia de um corredor humanitário para a retirada em segurança de civis da cidade de Volnovakha, na Ucrânia, somente cerca de 400 moradores do local e de cidades vizinhas conseguiram ser evacuados hoje, segundo o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko.

A expectativa inicial do governo ucraniano era de que 15 mil pessoas fossem evacuadas de Volnovakha. No entanto, as autoridades acusam as forças russas de não cumprirem com o acordo de suspenderem os bombardeios na região para a retirada de civis.

Em seu perfil no Facebook, Pavlo Kirilenko afirmou que um comboio para retirar mais moradores de Volnovakha teve de parar de se dirigir à cidade "quando os russos retomaram o bombardeio implacável". As pessoas que conseguiram ser evacuadas haviam conseguido chegar a um assentamento próximo a veículos destinados à evacuação no dia anterior por conta própria, disse.

A mesma situação de dificuldade para a retirada de civis é relatada na cidade de Mariupol, cidade estratégica para Moscou.

Situada a 55 km da fronteira russa, Mariupol é, no momento, a maior cidade sob controle de Kiev na região de Donbass, que inclui as áreas de Donetsk e Lugansk, parte delas já controlada por rebeldes pró-Rússia. O controle de Mariupol permitiria uma continuidade territorial entre a península de Crimeia e as cidades separatistas Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

"Há dois dias, os líderes de nível central estão negociando com a Rússia para que seja possível evacuar com segurança os moradores de Mariupol. Mas, infelizmente, quando estávamos prontos, começou o bombardeio ao longo do corredor humanitário", afirmou comunicado da Prefeitura de Mariupol.

Uma ministra do governo da Ucrânia disse que a Rússia aproveitou o anúncio de cessar-fogo para avançar em direção a Mariupol.

O governo da Rússia, por sua vez, acusa que "unidades de combate neo-nazistas" em Mariupol estariam barrando a saída de civis para usá-los como escudos humanos contra as tropas russas na região.

A guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao 10º dia de conflitos, sem que haja uma solução à vista.