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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia pode levar Europa à devastação, diz ministro ucraniano

Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia - Reprodução/Twitter @DmytroKuleba / Imagem de arquivo
Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia Imagem: Reprodução/Twitter @DmytroKuleba / Imagem de arquivo

Do UOL, em São Paulo*

05/03/2022 20h48Atualizada em 05/03/2022 21h05

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que as investidas bélicas da Rússia poderão levar a Europa à devastação, fazendo um apelo aos países que se declaram contrários à guerra. As declarações ocorreram após uma conversa com secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. Hoje, a invasão da Rússia no território da Ucrânia chega ao 10º dia.

Provem que vocês não querem que [a guerra] nunca mais aconteça. Aprendam com lições do passado, porque essa força brutal na Ucrânia pode levar o continente inteiro à devastação. A maneira de impedir isso é nos unirmos e aumentar a pressão contra a Rússia. É o único caminho para que nós prevaleçamos
Dmytro Kuleba

Com segurança reforçada, Blinken e Kuleba conversaram em uma tenda no ponto de passagem de fronteira, por onde refugiados cruzavam com seus pertences em malas e mochilas. A maioria das pessoas que deixavam a Ucrânia eram mulheres e crianças. Homens de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país.

"O mundo inteiro está com a Ucrânia, assim como eu estou aqui na Ucrânia com meu amigo, meu colega", disse Blinken.

Em um gesto de gratidão pelo apoio dos Estados Unidos, Kuleba acrescentou que espera que os ucranianos consigam ver o gesto de Blinken como uma "manifestação clara" de que a Ucrânia tem amigos que estão ao lado do país.

"A mensagem que gostaria de passar é simples: a Ucrânia vai ganhar essa guerra de qualquer forma, porque essa guerra é do povo e defendemos a causa correta", declarou o ministro das Relações Exteriores.

A respeito das negociações com a Rússia, Kuleba afirmou que é possível dizer que não houve progresso.

O ministro comentou o acordo feito para a liberação de um corredor humanitário que possibilitasse a saída de civis ter sido interrompida após bombardeios russos.

"Não iremos aceitar o ultimato da Rússia", declarou.

Por fim, Blinken disse que a força e a determinação dos Estados Unidos e do mundo irão prevalecer. O norte-americano afirmou que o conflito tem um preço, mas que os países aliados estão fazendo o máximo para que ele seja baixo e que a guerra acabe o mais rápido possível.

*Com Reuters