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Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


Impasse em negociações entre Ucrânia e Rússia marca 12º dia de guerra

Colaboração para o UOL

07/03/2022 19h18

O 12º dia da invasão da Ucrânia pela Rússia teve a retomada do controle da cidade de Chuhuiv, no nordeste do país, e do aeroporto em Mykolayiv. Porém, os ataques aéreos continuaram e em Makariv, na região de Kiev, ao menos 13 civis morreram.

O dia foi marcado ainda pela terceira rodada de negociação entre os países. Rússia e Ucrânia apresentam condições conflitantes para encerrar a guerra. Kiev exige que as tropas russas saiam de seu território imediatamente e sem pré-condições. O Kremlin quer a rendição ucraniana e apresentou uma lista (veja abaixo) de reivindicações para o fim da guerra.

Os avanços foram considerados "pequenos" pelo negociador ucraniano e conselheiro da Presidência da Ucrânia, Mykhailo Podolyak. "As consultas continuarão, por hoje não temos resultados fortes", afirmou. O negociador russo, o membro da Duma Leonid Slutsky, disse que gostaria de levar um resultado mais concreto a Moscou, mas que "é mais difícil do que pensávamos".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a cobrar os países do Ocidente por mais armamentos e uma "zona de exclusão aérea" para impedir bombardeios russos.

Em pronunciamento na manhã de hoje, Zelensky diz que a Rússia está mirando prédios residenciais em cidades como Mykolaiv e Kharkiv. "Vocês precisam nos dar apoio, vocês precisam nos dar aviões para que possamos ficar mais fortes para lutar. Esta é a assistência que precisa ser dada".

Nesta linha, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, alertou que um fracasso em interromper o conflito entre Rússia e Ucrânia pode levar a uma guerra global.

Ao falar com o principal diplomata dos Estados Unidos, o secretário de Estado Anthony Blinken, ele disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "não vai parar na Ucrânia" e que o mundo tem a obrigação de ajudar os ucranianos "por todos os meios disponíveis".

o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, defendeu hoje a decisão da União Europeia de poupar o setor energético de sanções pela invasão russa da Ucrânia até que fontes alternativas sejam encontradas. A Rússia é o principal fornecedor de gás da região. "Isto não pode ser feito da noite para o dia", disse Scholz.

Mais de 1,7 milhão de refugiados já deixaram a Ucrânia, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). A Polônia —que tem a maior comunidade ucraniana da Europa central— recebeu mais de 1 milhão de refugiados ucranianos desde o início do conflito em 24 de fevereiro, com o marco ultrapassado neste domingo (6).

Exigências da Rússia em rodada de negociação

Durante a reunião entre Ucrânia e Rússia, uma lista de 12 itens foi apresentada pelo negociador do Kremlin, o membro da Duma Leonid Slutsky. Ele disse que gostaria de levar um resultado mais concreto a Moscou, mas que "é mais difícil do que pensávamos".

Além da rendição ucraniana, a Rússia exige:

  • Reconhecimento das áreas separatistas de Donetsk e Lugansk como repúblicas independentes;
  • Reconhecimento da Crimeia, anexada pelos russos unilateralmente em 2014, como território russo;
  • Garantia de que Ucrânia não entrará na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nem na União Europeia.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL