Alemanha defende exclusão de setor de energia de sanções contra Rússia
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, defendeu hoje a decisão da União Europeia de poupar o setor energético de sanções pela invasão russa da Ucrânia até que fontes alternativas sejam encontradas. A Rússia é o principal fornecedor de gás da região.
"O governo federal vem trabalhando há meses com urgência com seus parceiros na União Europeia e além dela para desenvolver alternativas à energia russa", disse Scholz em uma declaração. "Isto não pode ser feito da noite para o dia."
Na mesma linha, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, diz que não se pode simplesmente encerrar o uso de petróleo e gás "da noite para o dia".
Cerca de 40% do gás natural importado pela Europa vem da Rússia, dependência que aumentou a preocupação dos governos no atual cenário de guerra.
Apesar de a Alemanha ter interrompido no mês passado o projeto do gasoduto Nord Stream 2 no Mar Báltico, projetado para dobrar o fluxo de gás russo direto para o país, as nações europeias continuam comprando gás russo, enquanto intensificam as sanções financeiras contra o país liderado por Vladimir Putin.
As sanções têm o objetivo de enfraquecer a economia de determinado país e, em meio a possíveis perdas, encaminhar uma negociação em meio ao conflito em andamento.
No caso da guerra entre russos e ucranianos, os países do Ocidente pretendem usar as sanções para fragilizar a Rússia e pressionar Putin a pôr um fim na invasão à Ucrânia.
Em entrevista publicada pela BBC, Ángel Saz-Carranza, diretor do Centro de Economia Global e Geopolítica da escola espanhola de negócios Esade e professor visitante da Georgetown University, nos Estados Unidos, classificou o gás russo como "o calcanhar de Aquiles da Europa nesta guerra".
"É isto que permite à Rússia capitalizar e financiar essa aventura", avaliou ele.
Invasão completa 12 dias
No 12º dia da invasão, a Rússia anunciou a abertura de corredores humanitários para a retirada de civis de quatro cidades da Ucrânia —a capital Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy. Mas civis só podem ficar na Ucrânia ou ir para Rússia e Belarus.
O governo da Ucrânia disse que a proposta da Rússia era "inaceitável" e, horas depois, o acordo foi interrompido e houve troca de acusações entre Kiev e o Kremlin.
Na madrugada, as forças russas intensificaram os ataques contra cidades do centro, norte e sul da Ucrânia.
Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, a Rússia disparou um total de 600 mísseis contra a Ucrânia. Segundo um alto funcionário da defesa dos Estados Unidos, cerca de 95% do poder de combate acumulado na Ucrânia já foi comprometido.
* Com Reuters
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