Mortes de civis na Ucrânia superam perdas de militares, diz ministro
As forças russas que invadem a Ucrânia mataram mais civis ucranianos do que soldados, disse nesta sexta-feira o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, de acordo com a agência de notícias Reuters.
"Quero que isto seja ouvido não apenas em Kiev, mas em todo o mundo", disse Reznikov. "O Kremlin está bombardeando escolas, clínicas e maternidades. Moscou não protege ninguém - ela destrói. Eles não são capazes de lutar contra nosso exército, guarda nacional, defesa territorial, para que ataquem os mais vulneráveis", acrescentou.
Reznikov disse que agora o governo trabalha para salvar a vida dos ucranianos. A prioridade, segundo ele, é organizar corredores humanitários para evacuar os cidadãos das cidades mais vulneráveis: principalmente Mariupol, cidades da região de Sumy, região de Kharkiv, alguns subúrbios de Kiev - bem como entregar bens humanitários.
A Rússia anunciou, ontem, a abertura de corredores humanitários diários para a retirada de civis ucranianos, em meio à guerra com o país vizinho. Sem avisar à Ucrânia, o Ministério da Defesa da Rússia informou que os corredores vão começar a funcionar a partir das 10h, e terão como destino o território russo.
Ucrânia diz reter ofensiva russa 'em todas as direções'
A Ucrânia amanheceu nesta sexta-feira (11) com uma série de ataques da forças russas pelo país. Bombardeios atingiram cidades em diversos pontos do país. Em Dnipro e Lutsk, há relato de mortes. Segundo o governo ucraniano, suas defesas "estão repelindo e retendo a ofensiva das Forças Armadas russas em todas as direções".
A invasão da Rússia ao território ucraniano chega hoje ao seu 16º dia com a atenção focada para a movimentação russa no entorno da capital, Kiev. Hoje, o presidente russo, Vladimir Putin —que disse ver "mudanças positivas" nas negociações com os ucranianos—, ordenou que seu Exército facilite o envio de combatentes "voluntários", incluindo sírios, para a Ucrânia.
Segundo o presidente, a medida seria uma resposta à chegada ao país vizinho de "mercenários" de países ocidentais.
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