Putin acusa Ucrânia de 'violações flagrantes' do direito humanitário
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou hoje as forças ucranianas de "violações flagrantes" do direito humanitário e pediu a seu colega francês Emmanuel Macron e ao chanceler alemão Olaf Scholz que pressionem Kiev a acabar com elas.
Durante um telefonema com seus dois homólogos, Putin mencionou "assassinatos extrajudiciais de opositores", "tomada de reféns civis" e seu "uso como escudo humano", bem como a "distribuição de 'armas pesadas' em áreas residenciais, perto de hospitais, escolas e creches', de acordo com um comunicado do Kremlin.
"Em relação às questões levantadas pelos seus interlocutores sobre a situação humanitária na área da operação militar especial para proteger Donbass, Vladimir Putin informou-os sobre a situação real", disse Moscou.
Macron e Scholz pressionaram o líder russo para anunciar uma trégua imediata na guerra na Ucrânia. "A conversa faz parte dos esforços internacionais em curso para acabar com a guerra na Ucrânia", disse o porta-voz alemão, Steffen Hebestreit, após o telefonema entre os três.
Durante uma ligação de mais de uma hora, Macron e Scholz também pediram "o início de uma solução diplomática para o conflito". Sobre os outros assuntos debatidos na conversa, "foi acordado o silêncio", informou o governo da Alemanha.
O presidente russo ainda informou o francês e o alemão sobre os desenvolvimentos nas negociações dos últimos dias entre Moscou e Kiev. Os três líderes concordaram em manter contato "sobre o problema da Ucrânia".
Mais cedo, Macron e Scholz também conversaram com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que pediu ajuda para garantir a libertação do prefeito de Melitopol, cujas forças russas teriam sequestrado, segundo Kiev.
"Conversamos com nossos parceiros sobre a situação do nosso prefeito. Nosso pedido é claro: ele deve ser liberado imediatamente", disse o líder ucraniano. "Esperamos que os líderes do mundo nos mostrem o quanto podem influenciar a situação".
Tropas russas avançaram ainda mais em direção à Kiev e estão a menos de 25 km da capital ucraniana. A informação é de um relatório do serviço de inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido, que enviou aviões com equipamentos médicos e ajuda humanitária à Ucrânia.
* Com informações da Ansa e AFP
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