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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ataque a Mariupol é 'pior catástrofe do mundo', diz ministro da Ucrânia

Mortos são enterrados em valas comuns em Mariupol, na Ucrânia - Mstyslav Chernov
Mortos são enterrados em valas comuns em Mariupol, na Ucrânia Imagem: Mstyslav Chernov

Do UOL, em São Paulo

11/03/2022 17h12

Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, disse que os ataques russos contra o município de Mariupol, no sul do país, são "a pior catástrofe humanitária do planeta", pelo número de civis mortos. Hoje é o 16º dia da invasão da Rússia no país vizinho.

"Mariupol é agora a pior catástrofe humanitária do planeta. São 1.582 de civis mortos em 12 dias, até mesmo enterrados em valas comuns", lamentou o ministro. O município portuário está cercado por tropas russas há mais de uma semana.

Kuleba disse que os ataques em Mariupol demonstram a "incapacidade" do presidente russo, Vladimir Putin, que "bombardeia os desarmados e bloqueia a ajuda humanitária".

O ministro também acusou o país rival de crimes de guerra, possibilidade cogitada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela Casa Branca dos Estados Unidos: "Precisamos de aviões para deter os crimes de guerra russos!", escreveu Kuleba.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Valas comuns

Moradores de Mariupol, no sul da Ucrânia, estão enterrando parentes e amigos em valas comuns porque os constantes bombardeios russos na cidade impedem sepultamentos adequados. O fotógrafo Mstislav Chernov capturou um desses momentos na região.

Nos últimos dias, a cidade tem sido alvo frequente de fortes ataques. Mesmo sob um acordo de cessar-fogo, civis não conseguiam deixar a região. A imprensa internacional diz que a população de Mariupol está sem água e eletricidade há dias.

Sul da Ucrânia

O sul da Ucrânia é crucial para a estratégia russa na guerra. Nos dias que antecederam a invasão, a Rússia posicionou ao longo da costa ucraniana navios carregados com tanques de guerra, veículos blindados e soldados, prontos para desembarcar no mar Negro e no mar de Azov.

A meta era cercar as cidades da região para impedir o acesso da Ucrânia ao mar e criar uma conexão direta com a península da Crimeia —dominada pelos russos desde 2014— e a região de Donbass, à leste, aliada da Rússia e com duas regiões que já declararam independência: Lugansk e Donetsk.