Com fadigas física e psicológica, funcionários param reparo em Chernobyl
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) afirmou, neste domingo (13), que o trabalho de reparo na usina nuclear de Chernobyl, no norte da Ucrânia, foi interrompido por causa de fadigas física e psicológica dos funcionários. De acordo com a agência, os profissionais envolvidos no conserto estão trabalhando por quase três semanas sem interrupção.
O trabalho interrompido foi de reparo e manutenção de equipamentos relacionados à segurança da usina, tomada pelos russos nos primeiros dias da guerra no leste europeu. Desde o início do conflito, 211 funcionários da usina — entre técnicos e guardas — não conseguiram deixar o local, informou a AIEA.
Chernobyl estava sem energia elétrica externa após a invasão dos militares da Rússia. Uma das duas linhas de transmissão danificadas foi reparada, mas a outra permanece sendo consertada.
"Este é um desenvolvimento positivo, pois a central nuclear de Chernobyl teve que depender de geradores a diesel de emergência por vários dias", disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi. "No entanto, continuo seriamente preocupado com a segurança em Chernobyl e outras instalações nucleares da Ucrânia.
A instalação de Chernobyl, situada em uma zona de exclusão, inclui reatores que foram desmontados depois de 1986, inclusive o de número 4, coberto por um enorme sarcófago, e depósitos de resíduos radioativos.
Zaporizhzhya
A situação na usina nuclear de Zaporizhzhya, ao sul da Ucrânia, também desperta atenção da Agência Internacional de Energia Atômica. A maior usina nuclear da Europa foi tomada pelos russos no dia 4 de março, quando houve um incêndio em sua parte externa, que fez o mundo temer uma possível catástrofe nuclear.
Das quatro linhas de energia externa de Zaporizhzhya, duas estão danificadas.
Onze representantes da Rosatom, companhia estatal russa de energia nuclear, estão na usina, mas não interferem na operação local, diz a AIEA.
"Não podemos perder mais tempo. A AIEA está pronta para agir imediatamente, com base em nossa proposta de estrutura que exige o acordo das partes em conflito antes que possa ser implementada. Só podemos prestar assistência às instalações nucleares da Ucrânia depois de assinado. Estou fazendo tudo o que posso para que isso aconteça muito em breve", disse Grossi.
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