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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia não abre corredores humanitários e cita contraofensiva

Do UOL, em São Paulo

16/03/2022 06h24Atualizada em 16/03/2022 11h56

O governo da Ucrânia disse hoje que não abriu corredores humanitários para evacuação, alegando que não recebeu resposta das propostas de rotas enviadas à Cruz Vermelha. Dessa forma, as autoridades do país dizem que conseguiriam transportar as pessoas com segurança. Ao mesmo tempo, a Ucrânia disse que lançou contraofensivas contra a Rússia hoje, no dia 21º do conflito, "em várias áreas operacionais", mas não deu detalhes.

Os corredores são áreas não ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a zonas fora da guerra. A ONU (Organização das Nações Unidas) considera os corredores humanitários como uma das várias formas possíveis de pausa temporária em um conflito armado. Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água.

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A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, informou que até as 9h (5h em Brasília) as autoridades do país não haviam recebido uma resposta do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para abrir corredores humanitários.

Segundo ela, durante os últimos dias, forças russas começaram a bombardear comboios humanitários e fazendo reféns. "Em tais condições, não podemos transportar pessoas com segurança", disse ela.

Vereshchuk acrescentou que a questão da abertura de corredores humanitários de Izyum e Mariupol continua em aberto. "Ao mesmo tempo, continuamos a trabalhar em rotas para a entrega de ajuda humanitária a moradores de cidades e vilas das regiões de Luhansk, Donetsk, Zaporizhia, Kharkiv, Kiev, Chernihiv, Sumy e Kherson", informou.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

'Contraofensiva'

O assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak escreveu hoje em sua conta no Twitter que as forças armadas do país estão lançando contraofensivas contra as forças russas "em várias áreas operacionais".

"Isso muda radicalmente as disposições das partes", disse Podolyak, sem dar maiores detalhes sobre a ação.

Em uma atualização sobre a guerra, o estado-maior das forças armadas da Ucrânia se referiu à "alta intensidade das hostilidades", mas não disse onde os combates foram mais pesados. Capital da Ucrânia, Kiev está sob um toque de recolher de 35 horas após uma série de ataques que atingiu civis ontem (15). Hoje, um prédio residencial foi atingido por um bombardeio.

Autoridades ucranianas também deixaram claro que o número de mortos estava aumentando desde que a guerra começou, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Os serviços de emergência disseram que ao menos 500 moradores da cidade de Kharkiv foram mortos. Irina Venediktova, procuradora-geral da Ucrânia, disse que 103 crianças foram mortas até o momento no conflito. As forças russas atingiram mais de 400 estabelecimentos de ensino e 59 deles foram destruídos, acrescentou ela.

* Com Reuters