Mãe protege filha de bombardeio com o próprio corpo em Kiev, diz hospital
Olga e seu marido Dmytro alimentavam a filha de apenas um mês pela manhã, quando o prédio deles foi bombardeado na Ucrânia. Para proteger a pequena, a mãe não pensou duas vezes e a cobriu com o próprio corpo, de acordo com o Hospital Infantil Ohmatdit, em Kiev, que divulgou a informação nas redes sociais.
O casal vive na capital ucraniana. A criança saiu ilesa, mas a mãe teve vários ferimentos e precisou passar por uma cirurgia. O pai teve arranhões nas pernas. A história da família foi compartilhada em uma publicação na página do hospital onde mãe e filha estão internadas.
Dmytro contou, segundo o hospital, que ele e a esposa ouviram tiros a noite inteira, e que os barulhos estavam cada vez mais perto, até que o prédio em que moravam foi atingido no início da manhã.
"Quando desci para o quintal, vi que uma granada havia atingido o jardim de infância ao lado de nossa casa. Não havia mais teto, janelas e portas em todas as casas próximas. Os cacos de vidro voaram em cima de nós", disse, segundo a publicação do hospital.
'Ossos pelo chão', diz mulher que conseguiu deixar Mariupol
A cidade de Mariupol, estratégica para a construção de uma ponte que ligaria a Crimeia, anexada pela Rússia, à região do Donbass, onde estão duas autoproclamadas repúblicas separatistas, assistiu à intensificação dos ataques.
O Ministério da Defesa da Rússia alega que suas tropas, com apoio dos separatistas do leste, apertaram o cerco e já estão presentes no centro da cidade, de 400 mil habitantes. Autoridades da Ucrânia, por sua vez, afirmam que os bombardeios na região têm prejudicado a busca por sobreviventes na cidade.
Após vivenciar bombardeios a uma área residencial de Mariupol, a família de Svetlana Kuryacha chegou hoje com sua família a Zaporozhye, na Ucrânia.
Ela relatou ter ficado com seus parentes dentro do porão de sua casa por 14 dias. Em um desses dias, eles escutaram uma casa ser atingida e foram ajudar: "Idosos viviam nesta casa, não podíamos deixar que eles morressem queimados".
As pessoas que moravam do outro lado de minha rua morreram todas queimadas vivas. Agora, só restam seus ossos pelo chão
Svetlana Kuryacha
Mariupol vem sendo bombardeada pelo Exército da Rússia desde os primeiros dias de invasão e apresentou dificuldades para que civis conseguissem deixar a cidade. Já Zaporozhye sofreu seus primeiros bombardeios nesta semana.
Cerca de 200 km separam essas cidades. A viagem de três horas agora pode levar até três dias para ser concluída. No caminho para chegar em Zaporozhye, muitos postos de controle montados pelo Exército russo impedem a livre passagem de moradores de Mariupol.
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