Mariupol em ruínas e crianças deportadas: o 27º dia da invasão russa
Nesta terça-feira (22), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a cidade portuária de Mariupol está em ruínas após bombardeios russos e que há 100 mil pessoas sem acesso a comida, água e medicamentos no local. As autoridades ucranianas também acusam o governo russo de deportar à força crianças em Donetsk. É o 27º dia de invasão da Rússia à Ucrânia.
"Não restou nada [de Maripuol], apenas ruínas", disse Zelesnky nesta tarde. O presidente afirmou que pelo menos 300 mil dos 400 mil moradores de Mariupol já deixaram a cidade, e que quem continua no local está sendo impedido de fugir.
No Twitter, Oleg Nikolenko, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, declarou que a Rússia tem negado abrir corredores humanitários para permitir a saída dos civis.
O ministério acusa as Forças Armadas russas der terem retirado à força 2.389 crianças ucranianas das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no sudeste do país, e as levado para a Rússia.
"As forças russas não estão apenas matando nossas crianças, também estão as levando para a Rússia à força", escreveu a Procuradora-Geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, no Twitter. O governo russo não se pronunciou sobre as acusações.
Sem acordo de paz
O Kremlin cobrou de Kiev mais efetividade nas tentativas de encontrar uma solução para o conflito.
"Está em curso um certo processo (de negociações), mas gostaríamos que fosse mais enérgico, mais substancial", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na tarde de hoje.
Peskov também declarou que a Rússia só usará armas nucleares contra a Ucrânia se enfrentar uma "ameaça existencial".
O presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a conversar com Zelensky e o presidente russo Vladimir Putin nesta tarde. Macron busca intermediar um acordo entre os países e se dispôs a negociar diretamente com Putin.
Ataques continuam
A capital Kiev continua sob o toque de recolher de 35 horas, determinado diante do cerco russo cada vez mais apertado. Em Boryspil, cidade a 40 km de Kiev, a prefeitura orientou a população a deixar o local o quanto antes.
A cidade portuária de Mykolaiv foi alvo de ataques aéreos nesta terça-feira. Segundo a Administração de Portos Marítimos da Ucrânia, uma infraestrutura nas docas sofreu "danos significativos". Não há registros de vítimas.
A Ucrânia também acusa as forças russas de disparar contra civis desarmados que protestavam contra a ocupação da Rússia na cidade de Kherson, no sul do país.
Até o momento, a ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que ao menos 3,5 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia por causa da guerra.
(Com informações de AFP, Ansa, EFE, Reuters, Sky News e The Guardian)
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