Bombardeio da Rússia a centro médico de Kharkiv mata 4 civis, diz polícia

Ao menos quatro pessoas foram mortas e três ficaram feridas em um bombardeio da Rússia contra um centro médico em Kharkiv, no leste da Ucrânia, anunciou hoje a polícia da segunda maior cidade do país.

"Sete civis ficaram feridos e quatro deles não sobreviveram, após um bombardeio com vários lança-foguetes", afirmou a polícia no aplicativo de mensagens Telegram.

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O comunicado afirma que o ataque atingiu um centro médico civil da zona sul da cidade. A Rússia não se pronunciou a respeito da acusação da Ucrânia.

A polícia regional afirmou que havia um centro de ajuda humanitária nas proximidades do estabelecimento médico e não existem instalações militares na área.

A segunda maior cidade da Ucrânia tinha quase 1,5 milhão de habitantes antes da guerra e fica a menos de 40 quilômetros da fronteira com a Rússia. A distância de Kharkiv para Kiev é de cerca de 460 quilômetros.

A localidade é cenário de violentos combates desde o início da invasão russa há um mês, mas continua sob controle ucraniano. "Os investigadores estão trabalhando no local", afirmou a polícia.

Analistas estão coletando todas as provas materiais necessárias para que os criminosos sejam levados à justiça, segundo as autoridades.

Ucrânia afirma que destruiu navio de guerra

Hoje mais cedo, as Forças Armadas da Ucrânia disseram que destruíram um grande navio militar da Rússia na noite de ontem no porto de Berdyansk, no sul do país. O porto, que havia sido recentemente ocupado por forças russas com várias embarcações militares, foi abalado por uma série de fortes explosões logo após o amanhecer. A Rússia, por sua vez, afirmou que destruiu um depósito militar de combustível do Exército ucraniano próximo a Kiev.

O anúncio da destruição do navio russo foi feito pela Ucrânia no Facebook. Segundo a publicação, a embarcação se chamava Orsk e mais dois outros navios foram danificados, mas o nome do navio foi corrigido para Saratov em novo comunicado.

Vários navios russos estavam descarregando equipamentos militares em Berdyansk nos últimos dias, de acordo com relatos de veículos de comunicação da Rússia.

"Um tanque de combustível de 3.000 toneladas também foi destruído. O fogo se espalhou para o depósito de munição do inimigo. Detalhes dos danos causados ao ocupante estão sendo esclarecidos", diz a primeira publicação das Forças Armadas da Ucrânia.

De acordo com informações divulgadas pelos Estados Unidos, a Ucrânia realizou um ataque bem-sucedido contra navios russos em Berdiansk, embora não esteja claro que tipo de armas foram usadas na ofensiva.

Berdyansk fica no mar de Azov, a cerca de 70 quilômetros a sudoeste de Mariupol. A cidade tem uma pequena base naval e uma população de cerca de 100 mil habitantes.

Depósito militar ucraniano foi destruído, diz Rússia

A Rússia afirmou que destruiu ontem o maior depósito de combustível do exército ucraniano perto de Kiev em um ataque com mísseis de cruzeiro.

Ontem à noite, "mísseis Kalibr de alta precisão tomaram como alvo uma base (de armazenamento) de combustível, perto da localidade de Kalinovka, ao lado de Kiev", anunciou o porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov, em um comunicado.

"A maior reserva de combustível restava para o exército ucraniano, que foi usada para abastecer unidades na parte central do país, foi destruída", acrescentou o porta-voz. Konashenkov também informou que as forças russas destruíram equipamento militar ucraniano, incluindo três sistemas de defesa antiaérea e quatro drones.

Não foi possível confirmar as informações com fontes independentes.

Bombardeio a teatro pode deixar até 300 mortos

O número de mortes no bombardeio da Rússia na semana contra um teatro da cidade ucraniana de Mariupol, onde estavam refugiadas centenas de pessoas, pode chegar 300, afirmou a prefeitura hoje.

"Testemunhas têm informações de que até 300 pessoas faleceram no teatro de Mariupol após o bombardeio russo. Até o final nos recusamos a acreditar neste horror, queremos acreditar que todos saíram ilesos. Mas os depoimentos de quem estava dentro do prédio no momento do ato terrorista dizem o contrário", escreveu a prefeitura de Mariupol em sua conta no aplicativo Telegram.

A entrada do abrigo em que estavam centenas de pessoas, sobretudo mulheres, crianças e idosos, segundo a prefeitura, ficou bloqueada pelos escombros e as operações de resgate foram complicadas devido aos bombardeios incessantes.

A secretária ucraniana para os Direitos Humanos, Liudmila Denissova, afirmou em 17 de março que o refúgio dentro do teatro havia resistido ao bombardeio.

Há uma semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que mais de 130 pessoas foram resgatadas com vida, mas que centenas permaneciam sob os escombros.

*Com informações da AFP