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O que se sabe sobre o ataque no metrô de Nova York

Do UOL, em São Paulo

12/04/2022 13h16Atualizada em 12/04/2022 19h44

Um ataque a tiros deixou pelo menos 16 pessoas feriados no metrô de Nova York na manhã de hoje (12), no bairro do Brooklyn. Cinco estão em estado grave. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o desespero dos passageiros ao ouvirem o tiroteio.

A área segue isolada, mas o tráfego na região foi liberado no início da tarde. Segundo relatos à polícia local, o homem vestia colete de construção verde e usava uma máscara de gás e ainda não foi encontrado. Até agora, não foi descoberto o motivo do ataque nem se havia um alvo específico. Foram encontrados explosivos no local. Veja o que já se sabe:

O que aconteceu?

Um homem vestido com colete de construção verde, uma calça cinza e uma máscara de gás entrou em uma estação de metrô no Brooklyn, por volta das 8h30 no horário local (9h30 em Brasília). Primeiro, ele teria acionado uma bomba de fumaça e, quando um vagão parou na estação, começou a atirar nas pessoas, aparentemente sem alvo definido.

A polícia afirmou ter encontrado uma arma dentro da estação.

Também foram encontrados artefatos explosivos no interior da estação mas, segundo a polícia, não estão ativos. A orientação é que as pessoas mantenham distância da área.

As câmeras de segurança do interior da estação não estavam funcionando. O chefe do MTA (Autoridade em Transporte Metropolitano, na sigla em inglês), Janno Lieber, declarou em entrevista coletiva que não sabe explicar o motivo pelo qual as câmeras não funcionavam no momento do tiroteio.

Há vítimas?

Até então, segundo a polícia, há 16 feridos, incluindo dez baleados —cinco em estado grave. Não há informações sobre mortes até o momento.

Onde ocorreu?

Na estação 36th Street, onde passam as linhas D, N e R do metrô de Nova York, próximo ao Sunset Park, no bairro do Brooklyn, ao sul da ilha de Manhattan.

Quem é o responsável?

O atirador ainda não foi identificado pela polícia. De acordo com a emissora americana NBC, o suspeito da ação foi descrito como um homem de 1,65 m de altura e pouco mais de 85 kg, que vestia um colete verde de construção, uma calça cinza e usava uma máscara e gás.

A polícia vasculhou túneis do metrô, mas ainda não o encontrou. Ao "The New York Times", policiais afirmaram que ele fugiu em uma van alugada, com placa do Arizona, e logo da U-Haul, uma empresa de mudanças e depósito de móveis. O veículo foi encontrado há poucos quarteirões de distância da saída do metrô, ainda no bairro do Brooklyn.

De acordo com a Associated Press, a polícia encontrou um cartão de crédito no local do incidente que serviu de pista para rastrear um suspeito que se enquadra nas descrições. O mesmo cartão, afirmaram polícias à agência, foi utilizado no aluguel da van encontrada no bairro.

Nenhum nome foi divulgado até o momento para não atrapalhar as investigações.

Como está a situação atual?

A estação foi esvaziada e toda a área da superfície na 4th Avenue foi isolada. Por volta de 15h15 locais (16h15 de Brasília), o tráfego de carros e pedestres foi retomado na região, mas a estação (assim como as suas entradas) segue isolada. Como o suspeito não foi encontrado, o governo de Nova York estabeleceu um alerta e as buscas continuam.

Segundo o "The New York Times", o prefeito Eric Adams afirmou que as autoridades buscaram imagens em uma câmera de segurança instalada próxima da estação, mas o dispositivo não registrou nada por causa de "uma falha no funcionamento".

O caso não é tratado como terrorismo, segundo a polícia, por não haver comprovação de que haja um grupo organizado por trás. Ainda não há informações se o ataque foi planejado ou espontâneo, se o atirador estava sozinho ou se contou com a ajuda de alguém.

De acordo com a CNN, as escolas públicas da região também foram isoladas. Ninguém pode sair das unidades, só estudantes podem entrar.

Com informações da AP, da CNN e do jornal New York Times