Minha vida não valia nada, diz prefeito ucraniano que teria sido capturado
O prefeito da cidade ucraniana de Melitopol, Ivan Fedorov, que afirma ter sido sequestrado por russos no mês passado afirmou à TV britânica Sky News que, para as tropas que teriam mantido ele sob custódia, "minha vida e a vida de civis não valia nada".
"Eles se dirigiram a mim em cinco ou sete soldados e falaram por cerca de cinco horas, uma conversa dura", afirmou Fedorov. Segundo o prefeito, os militares russos "queriam fazer de mim um exemplo" e ele enfrentou "tortura psicológica".
"Os soldados russos acharam que eles seriam bem-vindos, mas eles não são... é por isso que eles estão muito nervosos", disse.
Hoje Fedorov está em Roma, na Itália, e afirma estar em contato frequente com pessoas que ainda estão em Melitopol.
Ucrânia diz que prefeito foi acusado de terrorismo
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia acusou soldados russos em solo ucraniano de terem sequestrado Ivan Fedorov no mês passado. Segundo autoridades ucranianas, Fedorov foi detido e acusado de terrorismo pelo governo russo. A Rússia não comentou a acusação.
Ainda de acordo com a Ucrânia, o prefeito foi liberado no dia 16 de março. À época, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou um vídeo no Telegram cumprimentando por telefone o prefeito e comemorando por "ouvir a voz de um homem vivo".
"Estou muito melhor. Obrigado por não ter me abandonado. Preciso de um ou dois dias para me recuperar e fico às suas ordens para colaborar com a nossa vitória", respondeu Fedorov.
Um vídeo publicado pelo canal Pravda no Twitter mostra imagens do que seria o momento do sequestro:
De acordo com o assessor do ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, 10 homens levaram o prefeito.
Um vídeo publicado por Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, mostra um homem —que afirmam ser Fedorov— sendo retirado de um prédio. Não houve confirmação sobre a data e veracidade das imagens.
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