Ucrânia começa a julgar militar russo acusado de matar idoso na guerra
A Justiça ucraniana, com uma audiência preliminar, começou hoje a julgar Vadim Shishimarin, militar russo de 21 anos de idade. Ele é acusado de "violar as leis e costumes da guerra com assassinato premeditado", segundo a Procuradoria-Geral da Ucrânia. Este é o primeiro caso de crime de guerra julgado na Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
Shishimarin, comandante de unidade do exército russo, é acusado de ter matado um idoso de 62 anos em Chupakhivka, cidade na região de Sumy, 325 quilômetros a leste de Kiev, capital da Ucrânia.
De acordo com a Procuradoria-Geral, ao fugir do exército ucraniano, ele e outros quatro colegas roubaram um carro. Na fuga, "eles viram um morador desarmado da aldeia andando de bicicleta pela beira da estrada e falando ao telefone".
"Pela janela aberta do carro, com um rifle Kalashnikov, o réu disparou vários tiros na cabeça da vítima de 62 anos", disse a Procuradoria-Geral. "O homem morreu no local, a apenas alguns metros de sua própria casa."
Ele dirá ao tribunal posteriormente se nega ou não a acusação, disse seu advogado, Viktor Ovsyannikov. Com a cabeça raspada e parecendo assustado, Shishimarin usava um moletom casual azul e cinza e foi levado ao tribunal pela polícia até uma cabine de vidro para os réus.
Em 4 de maio, o Serviço de Segurança da Ucrânia divulgou um vídeo em que o militar russo confessava ter disparado contra o idoso. O crime aconteceu em 28 de fevereiro.
O julgamento terá uma nova sessão em 18 de maio. A Procuradoria-Geral informou que o militar russo ficará preso durante o processo.
Shishimarin pode ser condenado a penas que variam entre 10 a 15 anos de detenção, ou, até mesmo, à prisão perpétua.
A Procuradoria-Geral da Ucrânia estima que cerca de 10 mil crimes de guerra tenham sido cometidos na guerra russa em território ucraniano. Após a audiência, o promotor estadual Andriy Synyuk disse a repórteres que "este é o primeiro caso hoje, mas, em breve, haverá muitos desses casos".
(Com Reuters)
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