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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Apresentadora de TV estatal russa diz que '3ª Guerra já começou'

Do UOL, em São Paulo

31/05/2022 07h58Atualizada em 31/05/2022 08h02

A apresentadora de uma TV estatal da Rússia afirmou que a "operação especial" do Kremlin na Ucrânia foi encerrada e que a 3ª Guerra Mundial começou, citando a "necessidade" de desmilitarizar a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A guerra da Rússia na Ucrânia completa hoje 97 dias.

As declarações de Olga Skabeyeva, uma das principais jornalistas pró-Kremlin da televisão, foram feitas durante um programa do canal Rossiva-1.

Talvez tenha chegado a hora de admitir que a operação especial da Rússia na Ucrânia terminou. No sentido de que uma guerra genuína começou. Além do mais, é a Terceira Guerra Mundial.
Olga Skabeyeva, apresentadora do canal Rossiva-1

"Somos forçados a desmilitarizar não apenas a Ucrânia, mas toda a Otan", acrescentou ela.

Há duas semanas, uma entrevista do analista militar Mikhail Khodaryonok no programa de Olga repercutiu nas redes sociais. O coronel aposentado criticou a situação da guerra na Ucrânia e afirmou que a Rússia está quase totalmente isolada, enquanto a Ucrânia pode mobilizar um milhão de soldados, além de ter o apoio de países do Ocidente.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro sob o pretexto de desmilitarizar e desnazificar a região. Ontem, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que o apoio da Otan à Ucrânia é "inquebrável".

Países membros da aliança militar liderada pelos Estados Unidos se encontraram ontem para discutir a guerra na Ucrânia. Na ocasião, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, acusou Vladimir Putin de "obviamente ter planos maiores" além da invasão à Ucrânia, "como destruir toda a arquitetura de segurança euro-atlântica".

Também participaram da reunião autoridades da Suécia e Finlândia, que dão seus últimos passos para ingressar na Otan, apesar da resistência da Turquia. Os dois países são integrantes da União Europeia, mas historicamente se mantiveram neutros entre o Ocidente e a Rússia.

No entanto, a invasão à Ucrânia os fez repensar seu status de neutralidade, principalmente a Finlândia, que compartilha 1,3 mil quilômetros de fronteira com o território russo.