Lituânia acusa Putin de ter 'planos maiores' após guerra na Ucrânia
O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, acusou hoje o seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, de "obviamente ter planos maiores" após ter começado a guerra com a Ucrânia, em 24 de fevereiro. A declaração foi dada pelo líder lituano durante sua fala na assembleia da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
"Putin começou com a Ucrânia, mas, obviamente, ele tem planos maiores. Como destruir toda a arquitetura de segurança euro-atlântica", afirmou Nauseda.
Países membros da aliança militar liderada pelos Estados Unidos se reúnem hoje e o encontro contou com a presença de autoridades da Ucrânia, Suécia e Finlândia. Os últimos dois países dão seus últimos passos ingressarem na Otan, mas enfrentam resistência da Turquia.
Apesar disso, o presidente da Lituânia também disse que a Ucrânia deve se sentir parte da família europeia e euro-atlântica.
"Em primeiro lugar, devemos perceber que a ameaça russa não desaparecerá nos próximos anos. Portanto, devemos nomear claramente a Rússia como uma ameaça chave e de longo prazo para toda a área euro-atlântica", acrescentou.
Durante a assembleia da Otan, outros países também se manifestaram a favor da aproximação da Ucrânia com o bloco. Em seu discurso, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que o apoio da Otan à Ucrânia é "inquebrável".
Ofensiva em Sievierodonetsk
As forças russas realizaram hoje uma ação ofensiva nos arredores de Sievierodonetsk, cidade na região de Lugansk, leste da Ucrânia. Ao menos dois civis morreram, segundo o serviço de emergências e o governador da região, Sergey Gaidai. "Os russos entraram nos arredores de Sievierodonetsk, mataram dois cidadãos, feriram cinco", disse Gaidai.
De acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, "o inimigo está fixado nos arredores nordeste e sudeste de Sievierodonetsk". "Para fortalecer o grupo de tropas, ele transferiu munições e equipamentos do território da Federação Russa para certas áreas", disse o relatório de hoje.
Segundo Gaidai, a Rússia "usou todas as armas possíveis, usa aeronaves". O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje que atacou "veículos aéreos não tripulados ucranianos" na região.
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