EUA expressaram preocupação com Amazônia a Bolsonaro, diz Blinken
O secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, admitiu preocupação com a situação da floresta amazônica. A declaração ocorreu um dia depois do presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar que o Brasil é "exemplo para a preservação (ambiental) no mundo todo" durante a Cúpula das Américas, que ocorre em Los Angeles, nos Estados Unidos.
"A Amazônia, como sabemos pertence a esse hemisfério, estoca enormes quantidades de dióxido de carbono por ano e é um serviço vital para o mundo, quando estamos falando em mudanças climáticas. Nós estamos preocupados com altos índices de desmatamento na Amazônia. E nossa preocupação foi expressada (a Bolsonaro)", disse Blinken.
Na sequência, o representante do governo norte-americano afirmou que o Brasil "fez compromissos bem ambiciosos para as questões climáticas, e espero que sejam honrados".
Ontem, durante reunião bilateral, Biden adiantou que conversaria de forma reservada sobre questões climáticas e ambientais com Bolsonaro.
"Vocês tentam proteger a Amazônia e acredito que o resto do mundo precisa ajudar a fazer essa preservação porque é uma responsabilidade muito grande. Gostaria de ouvir sua opinião sobre essa questão", disse ontem Biden a Bolsonaro.
Hoje, Blinken avaliou o encontro com o presidente brasileiro como "construtivo".
"(Foi) uma oportunidade para direcionar uma série de questões sobre a relação bilateral. Eu não quero colocar palavras na boca do presidente Bolsonaro, mas o que eu ouvi ontem ele falar é que a reunião foi produtiva e positiva. E nós apreciamos uma coordenação próxima de uma série de questões", disse o secretário de estado.
O representante do governo norte-americano afirmou que os dois chefes de estado falaram, no encontro reservado, sobre investimentos, negócios e até na criação de empregos em conjunto.
"Nós somos as duas maiores democracias do hemisfério e faz sentido não apenas dar continuidade a um trabalho em conjunto, mas encontrar caminhos para aprofundar a relação (entre os países)", concluiu Blinken.
Agronegócio
Hoje, durante a segunda plenária da Cúpula das Américas, Bolsonaro disse considerar que é possível expandir o agronegócio no país sem causar ainda mais desmatamento e outros danos ambientais. A declaração ocorreu quando ele defendia a política governamental brasileira voltada à Amazônia.
Nós não precisamos da Amazônia para expandir o agronegócio."
Segundo dados do Deter, programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a Amazônia teve o segundo maior desmate registrado em um mês de maio. Ao todo, foram derrubados 899,64 km² de floresta. No mesmo mês do ano passado foram desmatados 1.390 km² .
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