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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia promete 'destruir' russos mobilizados para lutar no país

Tanque em região recuperada na contraofensiva da Ucrânia contra a Rússia - Ministério da Defesa da Ucrânia via AFP
Tanque em região recuperada na contraofensiva da Ucrânia contra a Rússia Imagem: Ministério da Defesa da Ucrânia via AFP

Do UOL*, em São Paulo

21/09/2022 15h39Atualizada em 21/09/2022 21h54

O comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zalujny, prometeu hoje que os ucranianos vão "destruir" os russos que forem ao país para lutar. De acordo com ele, a decisão inclui os que serão mobilizados após o decreto do presidente russo, Vladimir Putin.

"Destruiremos todos os que vierem ao nosso território com armas na mão - seja voluntariamente ou por mobilização", afirmou no Facebook o comandante, que costuma se comunicar muito pouco com a imprensa.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou a mobilização de mais de 300 mil reservistas para lutar na guerra da Ucrânia. Este é o primeiro movimento russo deste porte desde a Segunda Guerra Mundial, e marca uma escalada na guerra contra a Ucrânia, que chega agora ao sétimo mês.

A decisão foi condenada por líderes em todo o mundo — do papa Francisco, que disse que a ameaça nuclear é "loucura", ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que condenou as ações russas em discurso durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas.

"Temos que ver esses atos ultrajantes pelo que são. Putin diz que teve de agir porque a Rússia foi ameaçada, mas ninguém ameaçou a Rússia, e ninguém, exceto a Rússia, buscou a guerra", declarou o norte-americano.

Mais de mil presos na Rússia em protestos contra ordem de Putin

Ao menos 1.450 pessoas foram presas hoje na Rússia em protestos contra a ordem de Putin. Detenções foram confirmadas em pelo menos 38 cidades, incluindo a capital Moscou. Os dados são da ONG OVD-Info.

O gabinete de promotoria pública moscovita publicou hoje uma nota alertando que manifestantes podem ser punidos com até 15 anos de prisão.

Protestos contra mobilização militar para guerra na Ucrânia acontecem hoje em várias cidades da Rússia - 21.set.2022 - Alexander Nemenov/AFP - 21.set.2022 - Alexander Nemenov/AFP
Protestos contra mobilização militar para guerra na Ucrânia acontecem hoje em várias cidades da Rússia
Imagem: 21.set.2022 - Alexander Nemenov/AFP

Jornalistas da agência de notícias AFP em Moscou e São Petersburgo testemunharam várias prisões no centro dessas cidades.

A oposição convocou protestos após Putin anunciar a mobilização de milhares de reservistas para lutar na Ucrânia, em um pronunciamento transmitido em rede nacional. Na fala, ele também disse ter acesso a "vários meios de destruição", sugerindo a possibilidade de adoção de armas nucleares.

Russos tentam deixar país

O anúncio de Putin levou a uma correria junto aos sites das companhias aéreas, de pessoas tentando deixar a Rússia o mais rápido possível. Os bilhetes para voos diretos para os destinos mais próximos da Rússia estão todos esgotados para hoje.

A mobilização inicialmente diz respeito a 300 mil reservistas, mas de acordo com o Ministério da Defesa, um total de 25 milhões de russos podem ser mobilizados para se juntar ao exército que luta na Ucrânia.

Os bilhetes para voos diretos para os destinos mais próximos da Rússia - Armênia, Geórgia, Azerbaijão e Cazaquistão - estão todos esgotados para hoje, de acordo com o Aviasales, site popular de venda de passagens na Rússia.

*Com informações de AFP e RFI