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China: ex-ministro pega prisão perpétua após ser condenado por corrupção

Ex-ministro da Justiça chinês Fu Zhenghua recebeu sentença de morte, mas tem mudança para prisão perpétua - Reprodução/WeChat Corte de Jilin
Ex-ministro da Justiça chinês Fu Zhenghua recebeu sentença de morte, mas tem mudança para prisão perpétua Imagem: Reprodução/WeChat Corte de Jilin

Do UOL*, em São Paulo

22/09/2022 10h24Atualizada em 22/09/2022 10h37

Um ex-ministro da Justiça chinês e alto funcionário da polícia foi condenado hoje à prisão perpétua por corrupção. Ele estava sentenciado primeiramente à pena de morte, mas teve a sua punição trocada para detenção pelo resto da sua vida, anunciou um tribunal na província de Jilin, no nordeste do país.

Fu Zhenghua, 67 anos, também é ex-vice-ministro de Segurança Pública e começou sua carreira como simples inspetor em Pequim. Ele é uma das personalidades políticas mais importantes que caíram em desgraça nos últimos cinco anos.

O ex-ministro atuou no cargo entre março de 2018 e abril de 2020, antes de assumir o cargo de coordenador do Comitê de Assuntos Legais e Sociais do Congresso chinês, conhecido como Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.

Fu Zhenghua "foi condenado por aceitar subornos" da ordem de 117 milhões de yuans — cerca de US$ 16,7 milhões — e "violou a lei em seu interesse pessoal e de seus parentes", anunciou o Tribunal Popular de Changchun.

Segundo a corte, seus subornos foram "enormes" e "seus crimes causaram grandes perdas ao interesse público do estado e do povo". O ex-ministro foi condenado à morte, mas escapou de uma sentença final por colaborar com investigadores em outros casos.

A suspensão da aplicação da pena de morte é de dois anos. Após este prazo, será comutado para prisão perpétua "sem possibilidade de redução de pena", segundo a mesma fonte.

Sua sentença vem pouco antes do congresso do Partido Comunista Chinês em meados de outubro, no qual o presidente Xi Jinping espera obter um terceiro mandato como chefe da organização política.

*Com informações da AFP