China tem raro protesto contra Xi antes do congresso do Partido Comunista
Usuários das redes sociais relataram um protesto hoje em Pequim, capital da China, contra o presidente do país, Xi Jinping. A manifestação acontece dias antes do congresso do Partido Comunista, que começará neste domingo (16) e vai durar quatro dias.
A expectativa é que Xi se mantenha no poder, tornando-se o líder mais poderoso desde Mao Tse-Tung.
Manifestações são raras no país, por serem fortemente reprimidas. De acordo com a CNN norte-americana, quando a reportagem chegou à ponte não havia mais nenhum banner pendurado, mas muitos policiais patrulhavam o local.
A popularidade de Xi parece não ser unânime. Relatos publicados no Twitter mostram cartazes pendurados em uma ponte, com fumaça atrás.
De acordo com uma usuária, um dos pôsteres dizia: "Comida, não testes de covid. Reformas, não revolução cultural. Liberdade, não lockdown. Votos, não líderes. Dignidade, não mentiras. Cidadãos, não servos".
O congresso do Partido Comunista acontece a cada cinco anos, e é o evento mais importante para o governo chinês, ao eleger membros das organizações do partido e um novo líder por meio de eleições indiretas.
Desde a morte de Mao Tse-Tung, nenhum eleito fica à frente do governo por mais de dois mandatos. Caso um terceiro mandato de Xi se concretize nos próximos dias, será um feito inédito desde 1976.
Reunião do partido impacta Brasil
As decisões tomadas em Pequim são especialmente importantes e determinantes para o Brasil por conta da dependência no comércio bilateral com os chineses, especialmente no agronegócio, de acordo com o analista político Thiago de Aragão, ouvido pela agência RFI.
"Não há país no mundo capaz de alterar tão significativamente os resultados comerciais brasileiros do que a China", disse. "O Congresso do Partido Comunista Chinês é o evento político internacional mais importante para o Brasil, inclusive se comparado às eleições americanas".
Além da escolha dos integrantes dos diversos escalões partidários, algumas diretrizes para os próximos anos também serão debatidas. Há, por exemplo, a expectativa de um debate sobre a diversificação de vendedores de commodities, algo que impactaria o Brasil diretamente.
*Com Reuters e RFI
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