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Evo Morales pede liberdade a Castillo no Peru: 'Discriminação'

Ex-presidente da Bolívia Evo Morales - AGUSTIN MARCARIAN
Ex-presidente da Bolívia Evo Morales Imagem: AGUSTIN MARCARIAN

Do UOL, em São Paulo

14/12/2022 19h30Atualizada em 14/12/2022 19h30

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales usou as redes sociais para pedir a libertação do presidente destituído Pedro Castillo e alegou que o peruano é vítima de "discriminação". Hoje, o MP (Ministério Público) do Peru pediu a prisão preventiva dele por 18 meses.

Castillo está preso e é investigado por rebelião e conspiração após tentar dissolver o Congresso. Desde a semana passada, o país registra manifestações contra o novo governo, de Dina Boluarte, e pela liberdade do ex-mandatário.

"A solução para a crise política do Peru, país irmão, não passa por mais repressão; mas por pacificação, investigação das mortes e libertação do irmão Pedro Castillo", escreveu no Twitter. .

Evo Morales também disse que "aqueles que usurpam ilegitimamente o governo para reprimir o povo acabam com contas pendentes perante a história e a justiça".

Na segunda-feira (12), Castillo chamou a nova presidente e que era sua vice, Dina Boluarte, de "usurpadora". Para o ex-presidente, ela tem o mesmo discuro da "direita golpista".

A nova presidente havia descartado a possibilidade de adiantar as eleições no país, mas voltou atrás e disse que apresentará um projeto de lei ao Parlamento para antecipar as eleições para abril de 2024. A decisão veio após as manifestações em várias cidades do país que deixaram dois mortos.

Peru declara estado de emergência por 30 dias

O ministro da Defesa peruano, Alberto Otárola, afirmou hoje que o Conselho de Ministros decidiu impor estado de emergência a nível nacional por 30 dias. Segundo ele, a decisão visa "garantir a ordem", além de dar "continuidade das atividades econômicas e a proteção de milhões de famílias".

As Forças Armadas apoiam o trabalho da polícia local, informou Otárola. Ele disse que o diálogo entre os ministros e com a população segue para ouvir "exigências e necessidades de todas as regiões, e também trabalhamos arduamente para manter a paz".

Em carta publicada hoje, Castillo agradeceu aos manifestantes, falou em golpe contra ele e acusou a imprensa local de receber dinheiro "para silenciar o massacre e a crise em todo o Peru".

"Reitero a minha gratidão aos meus irmãos presidentes da Colômbia, México, Bolívia e Argentina. Digo-lhes que nos manteremos firmes e não renunciaremos ou abandonaremos a causa justa e a vontade popular do povo peruano", escreveu.